Com o objetivo de apresentar os avanços mais recentes sobre a cadeia produtiva da soja em Roraima e discutir alternativas para aumentar a produtividade do grão na Região, a Embrapa promoverá, de 21 e 22 de março, a V Reunião de Tecnologias para a Cultura da Soja no Cerrado de Roraima. O evento acontecerá no Auditório da Embrapa Roraima, das 8h30 às 17h, e tem como público autoridades, produtores, investidores, agrônomos e estudantes da área.
A programação da Reunião contará com a participação de pesquisadores com ampla expertise na cultura da soja e palestras sobre os temas: Manejo do solo para produção de soja; Novas cultivares para Roraima; Soja e a safrinha do boi; Impacto econômico da produção do grão no Estado, além de painel para discussão das alternativas para aumento da produtividade.
A V Reunião de Tecnologias para a Cultura da Soja em Roraima tem como parceiros a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Roraima (Faerr), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RR) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Conta ainda com o patrocínio da Fundação Cerrados, Sementes Quati, Aprosoja Brasil, Arroz Prato Chic, Green Maquinas, Frigo 10, Granterra, Agropecuária Potencia, Ermilo Paludo, Agropecuária Garrote, canal da Terra, New Holland e APsolo.
Para o organizador do evento e pesquisador da Embrapa, Vicente Gianluppi, os cerrados de Roraima vêm despontando como fronteira brasileira para a produção do grão e a Embrapa tem um papel decisivo nesse cenário, viabilizado avanços importantes para a disponibilização de cultivares de soja específicas para o estado.
“Em 2013 se cultivava quase que exclusivamente a variedade da Embrapa BRS Tracajá. Hoje, cinco anos depois, além da Tracajá, temos mais quinze cultivares recomendadas para Roraima, todas com alto potencial genético de produtividade, resistentes às principais doenças e adaptadas às condições edafoclimáticas do Estado”, disse.
Sojicultura em Roraima
No ano de 2017 foram semeados no estado aproximadamente 32.000 hectares de soja convencional, com colheita de 3 toneladas por hectare, uma produtividade dentro da média brasileira. Para 2018, a estimativa é que amplie em 13,6 %, a área semeada. A grande parte da soja produzida foi vendida para o mercado externo, via Porto de Itacoatiara, no Pará.
Dentre as variedades recomendadas para Roraima, destacam-se:
BRS Tracajá – Rusticidade para abertura de área
BRS 7980 – indicado para áreas com nível crítico de nematóide das galhas, nematóide das lesões radiculares e nematóide do cisto raças 1, 3 e 5; e ciclo médio- 85 a 90 dias tipo de crescimento determinado;
BRS 8381- Alto rendimento com estabilidade em áreas consolidadas, hábito de crescimento ereto, arquitetura arejada, que auxilia no controle das principais doenças e lagartas, ciclo médio 86 a 90 dias e tipo de crescimento semi-determinado. Moderadamente resistente ao meloidogyne javanica;
BRS 8581 – Alto potencial produtivo em áreas consolidadas e sanidade, ciclo médio de 86 a 90 dias, tipo de crescimento semi-determinado, moderadamente resistente ao meloidogyne javanica.
Além do potencial produtivo das sementes, Gianluppi relaciona ainda outras vantagens para o plantio da cultura e investimento em Roraima, entre eles a disponibilidade de mais de 1 milhão de hectares de cerrado de fácil mecanização; logística de transporte; proximidade do mercado externo e produção na entressafra brasileira, que possibilidade o alcance de preços mais competitivos.
Serviço:
Evento: V Reunião de Tecnologias para a Cultura da Soja no Cerrado de Roraima
Data: 21 e 22 de março de 2018
Local: Auditório da Embrapa Roraima
Fonte: Embrapa
