No primeiro semestre, setor de celulose cresceu 5,3%

Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Bracelpa (Foto: Divulgação)
Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Bracelpa (Foto: Divulgação)

A produção brasileira de celulose cresceu 5,3%, no acumulado de janeiro a julho deste ano, totalizando 8,51 milhões de toneladas, em comparação com o mesmo período de 2012, quando foram produzidas 8,08 milhões de toneladas. Já as exportações de celulose, aumentaram 9,2%, chegando a 5,33 milhões de toneladas, ante 4,88 milhões de toneladas, no mesmo período do ano passado.

Nos sete primeiros meses deste ano, a produção nacional de papel, alcançou 6,03 milhões de toneladas, ante 5,93 milhões de toneladas, no mesmo período de 2012, expansão de 1,8% Já as vendas domésticas de papel, totalizaram 3,20 milhões de toneladas, aumento de 3,5%. No período analisado, a receita com as exportações de papel aumentaram 4,9% , chegando a US$ 4,07 bilhões. Quando à celulose, a receita obtida com as vendas externas ampliaram 8,2% no acumulado de janeiro a julho de 2013, chegando a US$ 2,92 bilhões.

Segundo Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), o comportamento do mercado de celulose e papel é conjuntural e reflete as oscilações econômicas mundiais, como vem ocorrendo desde o início da crise econômica internacional, que afeta principalmente as economias desenvolvidas, nas quais é maior o consumo per capita dos produtos dessa indústria.

“Apesar do cenário ainda incerto, as perspectivas de médio e longo prazos do setor continuam muito positivas, já que o crescimento da demanda por madeira e dos produtos que dela se originam, como a celulose e o papel, está vinculado ao crescimento da população mundial”, observa.

Elizabeth lembra que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial chegará a 9,2 bilhões de pessoas em 2050. “Isso levará ao aumento do consumo de diversos produtos originários da madeira, como papéis para embalagens, tissues (papel higiênico, lenços, papel higiênico), papéis de imprimir e escrever, móveis, painéis de madeira, entre tantos outros”, enumera.

Conforme explica, o principal desafio é ganhar mais competitividade frente aos principais concorrentes, buscando sempre aprimorar o processo produtivo, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade. “Outra grande meta é mostrar que a celulose e o papel produzidos no Brasil têm origem em florestas plantadas para fins industriais, um recurso renovável”, acrescenta.

Desvio

Uma das ações do setor é a atuação forte no combate ao desvio de finalidade do papel imune, destinado à produção de livros, jornais e revistas, agora, com o apoio da Instrução Normativa da Receita Federal nº 1341, de 2 de abril de 2013, que institui a Rotulagem nas embalagens do papel destinado à impressão de livros e periódicos. A medida entrará em vigor no dia 1º de outubro deste ano e contribuirá para erradicar esse ilícito fiscal que vem causando sérias distorções no mercado brasileiro de papel.

Por Equipe SNA/SP

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