Produtores aumentam procura por seguro agrícola

Os problemas climáticos que vêm se acentuando nos últimos anos acenderam o alerta, e o produtor brasileiro aumentou a procura por seguro agrícola da produção. Especialmente neste momento, quando muitos já planejam sua próxima safra, a ocorrência do fenômeno climático La Niña, com chuvas excessivas em algumas regiões e seca em outras, está levando o agricultor a estar preparado para uma quebra de safra.

“No Brasil, um pequeno percentual que não chega a 10% da área plantada é coberta por seguro. Em outros países essa taxa chega a mais de 50%. Mas essa tendência está mudando e o agricultor que já perdeu sua safra sabe da necessidade de minimizar suas perdas se proteger diante das dificuldades climáticas”, disse Everton Todescatto, gerente de produtos agro da Sancor Seguros.

Em conversa com o Agrolink, Todescatto disse que o seguro no Brasil precisa ser “personalizado”, em função da característica de cada município e região do país. Segundo ele, não é possível “criar um produto geral e tentar vendê-lo massivamente no mercado”. Para isso, a Sancor trabalha junto a cada cooperativa analisando números da localidade, riscos inerentes da região e outros fatores que podem comprometer a produtividade do segurado.

Todescatto revela que está ocorrendo uma gradual substituição do suporte e assistência concedidos pelo governo aos agricultores pelo seguro agrícola particular, ou cooperativado. “Alguns lugares já entenderam essa necessidade e saíram na frente. Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo já representam nada menos que 70% dos seguros contratados no Brasil, sendo a soja a principal cultura protegida”, disse.

 

Fonte: Agrolink

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