Café: agentes recuam e liquidez segue baixa
As quedas do café arábica no mercado internacional têm pressionado também as cotações domésticas da variedade. Nesse cenário, agentes estão retraídos, diminuindo o ritmo de comercialização no mercado interno. Na terça-feira (5/8), o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 443,98/saca de 60 kg, com recuo de 1% frente à terça anterior, 29 de agosto.
No mercado de robusta, agentes também estão recuados e a liquidez segue baixa. O Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou a R$ 401,49/saca de 60 kg, na terça, com baixa de 1,9% em relação ao dia 29.
Algodão: com vendedores firmes, preços registram alta
As cotações do algodão em pluma subiram no mercado brasileiro nos últimos dias, após registrarem queda na maior parte de agosto. Fundamentados nas altas internacionais, vendedores elevaram os preços pedidos, impulsionando os valores pagos no mercado spot e reduzindo a liquidez para entregas rápidas.
De 29 de agosto a 5 de setembro, o Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, aumentou 1,79%, fechando a R$ 2,4874/lp no dia 5.
Arroz: indicador recua com força e volta ao patamar de maio de 2017
O Indicador do Arroz em Casca Esalq-Senar/RS caiu 4,39% em agosto, encerrando o mês a R$ 38,43/saca de 50 kg, patamar que não era registrado desde maio de 2017. No dia 30, especificamente, o indicador fechou a R$ 38,38/saca, o menor valor diário desde 21 de setembro de 2015.
Segundo pesquisadores do Cepea, indústrias pressionaram as cotações do arroz em casca durante o mês, com a justificativa de que os setores atacadista e varejista dos grandes centros consumidores também estavam ofertando menores valores para a compra do fardo beneficiado.
Além disso, com baixo interesse por novas aquisições, boa parte das indústrias deu preferência para o arroz depositado em seus armazéns. Do lado produtor, a maioria dos orizicultores permaneceu ativa, disponibilizando lotes para “fazer caixa” e cumprir com os gastos de safra.
Melancia: preços sobem 55% em Goiás
As cotações da melancia estão em alta em Uruana (GO) e em Lagoa da Confusão (TO), refletindo a redução da oferta no Tocantins por conta da proximidade do fim da safra, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. Além disso, o clima mais quente dos últimos dias contribuiu para o aumento da demanda, facilitando a comercialização da fruta.
Entre 28 de agosto e 1º de setembro, a melancia graúda (>12 kg) teve média de R$ 0,50/kg nas lavouras de Uruana, e de R$ 0,41/kg em Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia, com respectivas altas de 54,8% e de 45% frente à semana anterior. A fruta do Tocantins teve média inferior à registrada em Goiás devido à menor qualidade, comum em período de fim de safra.
Fonte: Cepea/Esalq