FAO: preço internacional das carnes permanece estável

Em julho, o Índice FAO de Preço dos Alimentos (FFPI na sigla em inglês) subiu 2,3% em relação ao mês anterior e atingiu a marca dos 179,1 pontos. Em alta há três meses e cerca de 10% superior ao resultado de um ano atrás, esse índice corresponde ao maior nível de preços registrado pelos alimentos desde janeiro de 2015. Mas continua um quarto abaixo do maior nível já registrado, 240,1 pontos em fevereiro de 2011.

No tocante às carnes, a FAO observa que seus preços permaneceram praticamente inalterados em relação a junho de 2017. Os valores levantados corresponderam a 175,1 pontos, ficando 8,2% acima dos alcançados em julho do ano passado. Porém, quando comparados ao maior índice já registrado, 212 pontos em agosto de 2014, o resultado atual apresenta redução de 17,4%.

Entre as quatro carnes acompanhadas mensalmente pela FAO – bovina, suína, de frango e ovina -, apenas esta última valorizou-se em julho. E pelo quarto mês consecutivo, pois a oferta por parte do principal abastecedor do mercado, a Oceania, continua restrita.

Esse aumento, no entanto, foi neutralizado por ligeiras quedas no preço das outras três carnes. O da bovina, por exemplo, recuou 0,45%, essencialmente porque diminuíram as importações dos EUA, cuja produção interna vem aumentando.

O menor índice de redução (-0,07%) recaiu sobre a carne de frango, enquanto a perda da carne suína ficou em 0,31%. Porém, diz a FAO, essas quedas poderiam ter sido maiores, dado que o mercado internacional conta com um bom abastecimento das duas carnes. E isso só não ocorreu em julho passado porque a demanda pelos dois produtos permanece firme.

Em relação especificamente à carne de frango, cuja formação de preço tem intensa participação do Brasil, maior exportador mundial, permanece há quatro meses na marca dos 170 pontos, sem alterações significativas de um mês para outro.

Esse valor está 4% acima do que foi registrado um ano atrás, 163,46 pontos em julho de 2016, mas corresponde, exatamente, ao mesmo índice registrado há dois anos, 170,28 pontos em julho de 2015. Além disso, permanece cerca de 24% inferior ao recorde já registrado pelo produto – 223,76 pontos em abril de 2013.

 

 

Fonte: AviSite

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