Segundo semestre será de retomada para avicultura brasileira

A retomada do desenvolvimento econômico deve impulsionar o consumo interno de proteína e contribuir para a recuperação do crescimento do setor avícola, apontaram especialistas durante o lançamento da Expedição Avicultura 2017.

Segundo dados do projeto, o setor tem capacidade para ganhar até 4,6% nas exportações e 1,55% nos abates ainda este ano. O evento ocorreu nesta terça-feira, primeiro de agosto, em Maringá (PR), e reuniu representantes de todos os elos da cadeia produtiva da carne de frango.

Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, as exportações continuarão sendo importantes, mas o aumento da participação do mercado interno será essencial.

“A carne de frango é uma proteína excelente em qualidade e tem preço acessível. E quando as pessoas começam a ganhar um pouquinho mais, a primeira ação é comer melhor. O segundo semestre sempre é melhor que o primeiro”, disse.

Na área de produção, a expectativa positiva foi reforçada durante o evento pelo gerente nacional de vendas em avicultura da Boehringer Ingelheim, Emerson Godinho.

“No primeiro semestre do ano, os números não foram tão positivos assim. Percebemos uma redução no alojamento de frangos de corte em torno de 5,5%. Mas a tendência daqui pra frente é ter um crescimento de 3% a 5% de aumento de produção para o próximo período do ano”, disse.

 

PAPEL NA RETOMADA DE CRESCIMENTO

Para o gerente do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo e coordenador da Expedição Avicultura, Giovani Ferreira, a avicultura terá papel essencial na retomada do crescimento econômico do Brasil porque é um dos setores que mais gera empregos e distribui renda no país.

“O setor avícola é um grande indutor de desenvolvimento no campo e na cidade. Por isso temos que discutir sua importância, fazer um diagnóstico, apontar tendências e criar um palco de debates permanente”, disse.

O diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz, também falou sobre a importância da cadeia avícola para a economia brasileira, ressaltando sua preocupação com a sanidade para a manutenção de mercados.

“Temos de comprovar que temos sanidade com o compartilhamento de responsabilidade e de custos entre o setor privado e o setor público, e que podemos blindar a região Sul do Brasil. Sendo assim, se tivermos problemas em outros estados, o Sul continuará exportando, ou se tivermos problemas aqui no Sul, o resto do Brasil vai continuar exportando”.

 

Fonte: Assessoria de comunicação da Expedição Avicultura

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