Na sexta-feira passada, 28 de julho, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq/USP), apresentou balanços de maçã, melancia e uva.
MAÇÃ
Nesta semana (24 a 28/07), os preços da maçã Fuji graúda Cat 1 recuaram 4% em Friburgo (SC), registrando média de R$ 38,25/caixa de 18 kg. A queda ocorreu por conta de a oferta estar maior do que demanda.
Uma parte dos maleicultores das regiões produtoras do Sul do país optou pelo aumento da classificação nesta semana na tentativa de controlar os estoques, evitar perdas nas câmaras e atender à demanda de volta às aulas na próxima semana. Apesar disso, produtores que estão com estoques controlados permaneceram com a estratégia de menor classificação em julho, mês de mercado desaquecido.
A comercialização nesta semana foi lenta, porém a expectativa é de que as vendas se intensifiquem com o início do segundo semestre do ano letivo. No entanto, uma possível paralisação dos caminhoneiros na próxima terça-feira (01/08) traz preocupação aos produtores, a categoria protestará contra o aumento do preço dos combustíveis.
MELANCIA
As cotações das melancias registraram queda em Uruana (GO) e em Lagoa da Confusão (TO) nesta semana (24 a 28/07). O recuo foi consequência do mercado lento da semana passada, atrelado ao aumento da oferta em Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia (TO). Com isso, os preços no TO foram pressionados, fazendo com que melancicultores goianos também acompanhassem os valores de comercialização.
Além disso, houve necessidade de acelerar o escoamento das frutas do Tocantins devido ao clima mais quente nas lavouras, segundo colaboradores do Hortifruti/CEPEA. Na semana, a melancia graúda (>12 kg) teve preço médio de R$ 0,45/kg em Uruana e de R$ 0,40/kg no Tocantins, queda de 38% e 33%, respectivamente, em relação à semana passada.
UVA
No Vale do São Francisco (PE/BA), os preços médios das uvas brancas sem semente, como arra 15 e thompson seedless, aumentaram nesta semana (24 a 28/07), por conta da menor quantidade disponível desses tipos de uva. As cotações ficaram na média de R$ 8,08/kg, preço 3,4% maior em relação aos da semana anterior. Segundo colaboradores do Hortifruti/CEPEA, a menor oferta no período se deve ao fato de que as podas dessas variedades são feitas, em sua maioria, com o objetivo de colher parte considerável a partir do mês de setembro, quando o mercado interno deve estar mais aquecido.
Além disso, também em setembro, deve ocorrer a abertura, de forma substancial, da janela de exportações da uva. Dessa maneira, segundo produtores, o panorama de comercializações fica mais atrativo porque há duas alternativas para escoar a produção, já que nos dois destinos as variedades brancas sem semente têm boa aceitação.
Confira mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Fonte: Cepea