A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse que a rejeição, pela China, de lotes de carne brasileira em maio se deveu à falha na documentação que acompanhava o produto e não a problemas sanitários.
“São situações que ocasionalmente ocorrem no trânsito de produtos no comércio internacional”, disse a entidade, em nota. “Estes registros informados pela China representam uma ínfima parcela dentre as exportações brasileiras para o mercado chinês.”
Na terça-feira (5), o Estado/Broadcast informou que a China devolveu ao Brasil em maio, ou descartou logo após o desembarque, um volume de carne três vezes maior que o registrado em abril.
Dados da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena chinesa (AQSIQ) apontam que a autoridade asiática devolveu 268,8 toneladas de proteína de frango e destruiu 81,4 toneladas de carne bovina e de frango importadas do Brasil ao longo do mês de maio, num total de 350,2 toneladas.
Já em abril, foram devolvidas 81,6 toneladas de carne de frango e bovina e 25,9 toneladas destruídas, totalizando 107,5 toneladas. Em relação aos meses de janeiro, fevereiro e março não constam rejeições a carnes oriundas do Brasil nos relatórios da AQSIQ.
A ABPA diz ainda que, do volume total de cargas com ingresso negado, 92% provinham de unidades frigoríficas que estavam suspensas pela China, como efeito da operação Carne Fraca. “Nenhum caso se refere a questões de segurança alimentar”, afirma a entidade.
Após a Carne Fraca e a apresentação dos esclarecimentos brasileiros, três plantas brasileiras que estavam suspensas anteriormente à operação foram reabilitadas.
Fonte: O Estado de S. Paulo