Por Miriam Leitão/
O saldo comercial foi recorde para o primeiro semestre: US$ 36 bilhões, com crescimento de 53% sobre o mesmo período do ano passado. Essa entrada de dólares via balança comercial é importante neste momento de incerteza da economia porque ajuda a segurar a cotação da moeda americana.
Porém, mais importante do que o saldo é monitorar o que está acontecendo com as importações, porque elas são sinônimo de consumo e investimentos. Embora já tenha ocorrido um crescimento de 7% no primeiro semestre, o patamar ainda está muito baixo, como mostra este gráfico do Itaú Unibanco. A boa notícia é que nos últimos sete meses houve crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior.
“As importações avançaram pelo sétimo mês consecutivo na comparação anual (+4,7%), puxadas pelas compras de bens intermediários (13,6%), bens de consumo (7,6%) e combustíveis e lubrificantes (62,4%). Apenas as compras de bens de capital seguiram recuando (-50,5%)”, disse o Itaú.
Os bens de capital são justamente os investimentos, e eles tiveram essa forte queda no semestre. Sinal de que a incerteza política continua afetando a visão dos empresários.
Fonte: O Globo
