De acordo com nova estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações brasileiras de milho devem totalizar 32 milhões de toneladas nessa temporada. O número representa um aumento substancial em relação ao ano passado, devido a melhor produção da segunda safra, que é em grande parte voltada para a venda externa.
Segundo o relatório do órgão norte-americano, os preços baixos tornam o milho brasileiro mais competitivo e o país está buscando ativamente novos mercados. “As exportações estão se beneficiando dos programas de leilões domésticos, já que os produtores não sentirão pressão para armazenar seus grãos à espera de melhores preços, e os comerciantes podem comprar milho brasileiro barato”, afirma o USDA.
Além do apoio oficial, o USDA aponta como fator determinante de incentivo às exportações o enfraquecimento do real frente ao dólar, devido ao aumento da incerteza do cenário político/econômico. Para a temporada 2017/2018, as exportações deverão permanecer estáveis no patamar de 30 milhões de toneladas, desde que o clima não apresente nenhuma adversidade excepcional.
Consumo
O consumo doméstico na temporada de 2016/2017 está estimado em 59 milhões de toneladas, devido aos baixos preços e à abundante safra. A primeira usina de etanol de milho está programada para abrir no Estado do Mato Grosso neste próximo mês de julho de 2017, com o apoio do Ministério da Agricultura.
A usina terá capacidade para produzir 200 milhões de litros por ano. O etanol de milho atualmente representa menos de 1% da produção total desse biocombustível. Para a próxima temporada, a previsão é de que o consumo aumente ligeiramente para 59.5 milhões de toneladas, com suporte do crescimento contínuo nos setores de carne de porco e aves.
Fonte: Agrolink