O Brasil precisa começar a fabricar etanol em escala a partir do milho, defendeu o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), na quinta-feira (1º), durante palestra no fórum Mais Milho, no município paranaense de Castro. “Precisamos buscar alternativas para essa cultura. No Centro-Oeste, grande produtor do grão do país, os produtores estão avaliando a possibilidade de ter um programa de etanol produzido com milho.”
Maggi lembrou que a safra brasileira de milho deve ser de 93 milhões de toneladas neste ano, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “É uma cultura que cresce no país, não só porque precisamos do produto, mas também porque a nossa agricultura necessita dela”, acrescentou, referindo-se ao cultivo em rotação de soja e milho. “Não há como fazer agricultura, principalmente no Centro-Oeste e no Paraná, sem o milho.”
No entanto, assinalou o ministro, o Brasil precisa buscar formas para potencializar o aproveitamento da produção de milho. “Não há onde vender o milho que está sobrando aqui. Então temos de criar alternativa para usá-lo.” Como exemplo, citou os norte-americanos: “Os Estados Unidos se transformaram, em poucos anos, no maior produtor do etanol a partir do milho, fazendo frente ao Brasil, que fabrica o produto a partir de cana-de-açúcar.”
Para Maggi, os produtores de milho não devem ter medo de defender o seu uso para fabricar etanol. “Não vamos concorrer com alimentos de forma nenhuma. É uma riqueza que o Brasil tem e precisa estimular sua utilização.” Segundo o ministro, já há usinas flex no Mato Grosso, que produzem etanol a partir de cana e de milho. “E em julho será inaugurada a primeira planta de fabricação de etanol apenas de milho, em Lucas do Rio Verde.”
Fonte: Mapa