O Brasil será sede de um novo banco genético de cana, com variedades de todo o mundo. O anúncio foi feito por Marcos Landell, coordenador do Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), e Raúl Castillo, coordenador da seção de Melhoramento Genético e Germoplasma da ISSCT (International Society of Sugar Cane Technologists) e diretor geral da CINCAE – Centro de Investigación de la Caña de Azúcar del Ecuador, durante o Congresso da ISSCT 2013, encerrado na quinta-feira, 27 de junho, em São Paulo.
De acordo com os dois especialistas, será criado um consórcio entre entidades e empresas pesquisadoras brasileiras, liderado pelo IAC, que responderá pela implantação e manutenção do banco, cujo nome técnico é Germoplasma. “O ISSCT vai contribuir para o Brasil ser sede dessa coleção mundial que represente a variabilidade genética do complexo Saccharum”, explica Raúl Castillo, da ISSCT. Atualmente existem dois bancos genéticos da cana, um na Índia e outro em Miami, nos Estados Unidos. Os dois apresentam limitações de acesso à informação aos pesquisadores, especialmente da América Latina. “A criação do Germoplasma no Brasil favorecerá os pesquisadores latinos e contribuirá para o desenvolvimento de variedades mais resistentes a doenças e também mais produtivas, pois ele estará aberto para todos”, explica Castillo.
Marcos Landell, do IAC, destaca que o banco deverá contar com mais de duas mil variedades oriundas de todo o mundo e acredita que o consórcio receberá o apoio dos principais centros de pesquisa e empresas que trabalham com melhoramento genético do País. “Cada centro tem seu foco de pesquisa e pode contribuir muito com suas variedades para o banco genético”, ressalta.
A previsão é que, em até três anos, o banco genético entre em funcionamento no Centro de Cana Iac-Apta – Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Cana, do Instituto Agronômico de Ribeirão Preto.
Fonte: DCI – Diário do Comércio & Indústria