O mercado brasileiro de frango registrou poucas mudanças ao longo da semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, os preços tanto para o quilo vivo quanto para o frango abatido se mantiveram, apesar de ter havido um enfraquecimento na demanda interna. “A reposição foi bastante lenta nos últimos dias, sinalizando a fraqueza dos negócios”, disse.
“Para a segunda metade de maio, a tendência é de uma queda nas cotações, até mesmo pelo fato da oferta de carne bovina estar crescendo no mercado interno, ampliando a concorrência com a carne de frango”, destaca.
Iglesias afirma que para os produtos congelados não houve alterações nas cotações. O quilo do peito na distribuição seguiu em R$ 4,75, o quilo da coxa em R$ 3,70 e o quilo da asa em R$ 6,45. No atacado, o quilo do peito seguiu em R$ 4,65, o quilo da coxa em R$ 3,60 e o quilo da asa em R$ 6,20.
Nos cortes resfriados, Iglesias informa que os preços também não mudaram. O preço do quilo do peito na distribuição permaneceu em R$ 4,80; o quilo da coxa em R$ 3,80 e o quilo da asa em R$ 6,70. No atacado, o preço do quilo do peito continuou em R$ 4,70; o quilo da coxa em R$ 3,65 e o quilo da asa em R$ 6,45.
O mercado também repercutiu as noticias envolvendo a delação premiada dos proprietários da JBS, que apontaram denúncias de corrupção contra o presidente da República, Michel Temer, o que contribuiu para uma forte desvalorização do real frente ao dólar na quinta-feira (18). A retração da moeda brasileira pode contribuir para uma melhora das exportações de proteína animal do Brasil, que seguem enfraquecidas.
As exportações de carne de frango “in natura” do Brasil renderam US$ 227.1 milhões em maio (nove dias úteis), com média diária de US$ 25.2 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 135.200 toneladas, com média diária de 15 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.679,70.
Na comparação com abril, houve baixa de 6,7% no valor médio diário exportado, com perda de 7,9% na quantidade média e valorização de 1,2% no preço médio. Em relação a maio de 2016, houve alta de 0,1% no valor médio diário da exportação, perda de 10,8% na quantidade média diária exportada e valorização de 12,1% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O levantamento realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que em Minas Gerais a cotação do quilo vivo seguiu em R$ 2,40 ao longo da semana. Em São Paulo o quilo vivo permaneceu em R$ 2,50.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 2,30. No oeste do Paraná o preço se manteve em R$ 2,35. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo teve estabilidade, cotado a R$ 2,35.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$2,30. Em Goiás o quilo vivo também seguiu em R$ 2,35. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 2,40.
Em Pernambuco, o quilo vivo ficou em R$ 3,90. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 3,90 e, no Pará, o quilo vivo seguiu em R$ 4,00.
Fonte: Agência Safras