Os dados da Associação Brasileira de Pintos de Corte (Apinco) relativos ao alojamento interno de pintos, mostraram que em março passado o alojamento de pintos de corte atingiu o menor nível. E como parte desse alojamento correspondeu às aves abatidas em maio corrente, logicamente se conclui que no mês ocorre a menor oferta de carne de frango deste ano.
Em junho não deve ser muito diferente. Boa parte do volume que será abatido no mês que vem procede de pintos cuja incubação foi iniciada em abril, quando ainda pesava sobre a atividade o temor com os desdobramentos da operação Carne Fraca. Ou seja: é pouquíssimo provável que, então, tenha ocorrido aumento da produção. Ao contrário, talvez.
Partindo dessas premissas, o AviSite projetou (gráfico abaixo) as tendências de oferta (pela média diária) de frangos prontos para o abate nos seis primeiros meses de 2017. Estimando viabilidade de 96% dos pintos alojados e abate aos 42 dias de idade, o gráfico indica que, neste semestre, serão ofertadas para abate pouco mais de três bilhões de cabeças, volume quase 5% inferior a 3.155 bilhões de cabeças do primeiro semestre de 2016.
Em termos de carne pronta para o consumo (cujo volume depende não só da quantidade de aves criadas, mas também das condições ambientais a que estão sujeitos os plantéis em criação, entre outros fatores), pode-se estimar algo entre 6.5 e 6.6 milhões de toneladas, o que significa redução de 4%-5% sobre o mesmo semestre do ano passado (6.890 milhões de toneladas).
É preciso notar, porém, que em relação ao segundo semestre de 2016, essa diferença cai de forma significativa. Como se estimou para aquele período volume em torno de 6.633 milhões de toneladas, as atuais projeções implicam em uma redução entre 0,36% e 1,5%.
Fonte: AviSite