FAO: alimentos perdem preço em abril, mas carnes são exceção

Em abril, o Índice FAO de Preços dos Alimentos (FFPI na sigla em inglês) retrocedeu ao mesmo resultado de dois anos atrás: alcançou a marca dos 168 pontos (2002/04 = 100), resultado que significou queda de 1,8% em relação ao mês anterior, mas que ainda se encontra cerca de 10% acima dos 152,8 pontos de abril do ano passado.

Quatro dos cinco itens acompanhados mensalmente pela FAO contribuíram para essa queda. O preço dos cereais, agora com 146 pontos, retrocedeu 1,2% no mês e 2,5% no ano. O dos óleos vegetais, com 161,1 pontos, caiu quase 4% em um mês e mais de 3% em um ano. Os lácteos (183,6 pontos) sofreram redução mensal de 3,3%, mas continuam 44% mais caros que há um ano. E o açúcar (233,3 pontos), 8% mais caro que em abril de 2016, de um mês para outro teve seu preço reduzido em 9%, um resultado que, conforme a FAO, se deve à combinação de um mercado importador fraco com expectativas de grandes exportações por parte do Brasil.

Em suma, nesse cenário de declínio total, as carnes foram exceção. O Índice FAO de Preço das Carnes cravou 166,6 pontos, aumentando 1,7% em relação ao mês anterior e mais de 11% sobre abril de 2016. Ou perto de 5% nos primeiros quatro meses deste ano.

Mas nem todas as carnes obtiveram alta de preço em abril. A contribuição para o aumento do Índice FAO veio exclusivamente das carnes ovina e suína – esta última fortemente demandada por China e Coreia do Sul. Ou seja: a carne bovina e a de frango não sofreram redução, apenas permaneceram com os preços estáveis. A de frango, pelo terceiro mês consecutivo.

 

AviSite

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