Segundo o pesquisador Lucílio Alves, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do milho tiveram uma queda expressiva nos últimos 15 dias. Em algumas regiões, eles já vinham cedendo bastante, mas com a deflagração da Operação Carne Fraca, algumas regiões compradoras também cederam.
Com isso, os preços chegaram aos níveis de anos como 2013 e 2014. Essa queda é impulsionada pela expectativa de uma possível safra recorde, com um clima ideal e cultivo dentro da janela de plantio. A partir de agora, deve ocorrer uma “queda de braço” entre compradores e vendedores.
Em algumas regiões, os preços já estão próximos do mínimo. No norte de Mato Grosso, por exemplo, já ocorrem negócios antecipados a R$ 16,50/saca para entrega em julho/agosto/setembro.
A esperança do Brasil, entretanto, pode estar nas exportações, já que os preços estão próximos dos patamares da Bolsa de Chicago e abaixo do que na Argentina, aumentando a competitividade do milho brasileiro. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma safra de 90 milhões de toneladas, somando as duas safras colhidas no ano e o consumo interno é de apenas 56 milhões de toneladas.
Segundo Alves, os períodos ideais para as negociações já passaram, mas agora os produtores devem aproveitar as oportunidades que surgirem à frente. Isso irá depender do fluxo de caixa de cada um e da necessidade de vendas.
Fonte: Notícias Agrícolas