Cati-SP quer produzir um milhão de mudas de essências florestais nativas

Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, quer ampliar o sistema de produção de sementes, plântulas e mudas de essências florestais para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas. Foto: Divulgação

A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, criou um grupo de trabalho com o objetivo de apresentar propostas para o sistema de produção de sementes, plântulas e mudas de essências florestais para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.

Atualmente, a Cati produz mais de 100 espécies de mudas de essências florestais nativas e a meta, para o Plano 2016/2017, é chegar a um milhão de mudas de nativas.

“Nosso objetivo é estipular a produção de mudas nativas e disponibilizá-las aos produtores e interessados”, explica Ricardo Lorenzini Bastos, diretor do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM) da Cati. Ele acrescenta que a meta da primeira fase do programa é recuperar 4.464 hectares de matas ciliares, utilizando 6,3 milhões de mudas de espécies nativas.

 

O grupo de trabalho foi criado por meio de portaria publicada no dia 4 de março deste ano, pela Secretaria de Agricultura. “Sentimos a necessidade de instituir um grupo com a participação de técnicos do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM), para prestar orientações aos interessados nesse tipo de produção”, informa Bastos.

As mudas são produzidas com garantia de qualidade genética, fisiológica e sanitária, segundo Bastos, e serão utilizadas também para atender ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), que respeita as determinações do Código Florestal, para recomposição florestal das propriedades rurais.

Bastos informa que o processo de produção de mudas é realizado em sinergia com o Projeto Nascentes, do Governo paulista, que direciona investimentos públicos e privados para a compensação de emissões de carbono, redução da pegada hídrica ou implantação de projetos de restauração voluntários.

 

ATIVIDADES

De acordo com o diretor do DSMM, as atividades desenvolvidas pelo grupo de trabalho vão desde a elaboração do plano de produção de mudas de essências florestais nativas até propor mecanismos de políticas públicas na produção e comercialização de mudas florestas nativas.

“Também temos como metas propor parcerias; elaborar o plano de capacitação; implantar os protocolos necessários para a produção de mudas de essências florestais nativas; estudar e propor a produção de campos de cooperação de sementes e/ou plântulas de essências florestais nativas;  coordenar a implantação de bancos de germoplasmas de florestais nativas em unidades do DSMM”, lista Bastos.

 

Diretor do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes, Ricardo Bastos informa que a meta da primeira fase do programa do Cati/SAA-SP é recuperar 4.464 hectares de matas ciliares, usando 6,3 milhões de mudas de espécies nativas. Foto: Divulgação

PARCERIA

O diretor do DSMM acrescenta que, para o desenvolvimento das atividades desse grupo de trabalho, foi realizada uma parceria com o Centro Universitário Católico Unisalesiano de Lins, no interior de São Paulo, para o apoio na coleta de sementes de espécies nativas em uma área de remanescente florestal do município para a produção de sementes e plântulas de nativas.

De acordo com Bastos, essa parceria com a Unisalesiano, assim como outras que ainda poderão acontecer, terão como objetivo, agregar em pesquisa e desenvolvimento, atentar para o cuidado em todas as etapas da produção, desde a identificação das matrizes para coleta das sementes, passando pela semeadura e condução, até a expedição das mudas para venda.

“Essas mudas são direcionadas aos produtores rurais para plantio de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas; podendo ser plantadas em matas ciliares, áreas de reserva legal e preservação permanente, entre outras”, explica.

 

FINALIDADE

Conforme Bastos, a finalidade das mudas produzidas são as mais diversas, porém há, nesse primeiro momento, algumas prioridades. “As mudas serão direcionadas aos produtores rurais para plantio de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas; podendo ser plantadas em matas ciliares, áreas de reserva legal e preservação permanente, entre outras”, explica.

“Um de nossos objetivos primários é, em especial, a recomposição de mata ciliar, em parceria com o Projeto Nascentes do Governo do Estado, que pretende promover a restauração de cerca de 20 mil hectares de matas ciliares”, informa Bastos.

Ele acrescenta que a meta da primeira fase do programa é recuperar 4.464 hectares de matas ciliares, utilizando 6,3 milhões de mudas de espécies nativas.

Segundo o diretor do DSMM, os projetos de mudas nativas estarão todos centralizados em um grupo de especialistas que poderão auxiliar de forma mais efetiva a produção própria, bem como projetos (atuais e novos) em parceria com instituições públicas e privadas, assim como outras iniciativas de estudos para facilitar a relação entre produção agropecuária e conservação ambiental.

“O DSMM, por orientação do secretário da Agricultura, Arnaldo Jardim, se preocupa com a produção sustentável. Há outros projetos em andamento e assim que concluídos serão divulgados”, diz.

 

Por equipe SNA/SP

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