Com estimativa da safra dos EUA e produção de etanol, milho fecha em baixa na CBOT

Após dois dias de leve alta, os contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão em baixa. Os principais vencimentos acumularam quedas de mais de 5 centavos. O vencimento março/17 fechou cotado a US$ 3,65 ½, enquanto o maio/17 fechou a US$ 3,72 ½ o bushel.

Segundo as agências internacionais, o mercado foi pressionado pelas estimativas para a safra americana divulgadas no Outlook Fórum 2017, realizado pelo USDA. A perspectiva é que sejam plantados 36.42 milhões de hectares na próxima safra, contra os 38.04 milhões de hectares da safra passada.

“O mercado já está negociando mais hectares de soja e menos de milho e trigo”, disse Benson Quinn Commodities. “Alguns traders acreditam que as plantações de soja acabarão maiores do que as de milho”, disse Terry Reilly, no Futures International.

O mercado ainda avalia as relações entre México e Estados Unidos. “Nós admitimos que alguns produtores dos EUA estão preocupados com uma guerra comercial entre os dois países, e podem decidir plantar mais soja em vez de milho”, disse Reilly.

Além disso, o site internacional Agrimoney.com destacou que os dados sobre a produção de etanol nos EUA também acabaram pesando sobre os preços. “Os estoques subiram 169.000 barris, apesar da queda da produção, de 6.000 barris diários, para 1.03 milhão de barris”.

Mercado brasileiro

A quinta-feira foi de ligeira movimentação dos preços do milho no mercado doméstico. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca subiu 11,11% em Sorriso (MT), cotada a R$ 20,00.

Em Ponta Grossa (PR), a saca caiu 3,57%, cotada a R$ 27,00. Na região de Assis (SP), a saca também recuou 3,45%, cotada a R$ 28,00. No Porto de Paranaguá, no mercado futuro, a saca foi cotada a R$ 29,50, em baixa de 3,28%.

Os analistas reforçam que a perspectiva é de preços mais baixos diante da projeção de recomposição da oferta. Para a safrinha, a estimativa é que sejam colhidas 58.59 milhões de toneladas.

Na BM&F Bovespa, os contratos futuros do milho encerraram o dia em terreno misto. Os primeiros vencimentos subiram entre 0,32% e 1,49%. Já as posições mais longas acumularam quedas entre 0,70% e 0,84%. O março/17 fechou cotado a R$ 34,78/saca e o maio/17 a R$ 31,10/saca. O setembro/17 finalizou o dia a R$ 29,62/saca.

Além da influência de Chicago, as cotações também acompanham o comportamento do dólar. A moeda norte-americana fechou o dia em queda de 0,46%, cotada a R$ 3,0565 para a venda, no menor preço de fechamento desde 21 de maior de 2015.

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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