Boa parte das obras de rodovias do Arco Norte estão paralisadas

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), dos 21 trechos das principais rodovias brasileiras, boa parte se encontra com menos de 50% dos projetos executados ou ainda em fase de implantação, especialmente no Arco Norte. A situação crítica da infraestrutura das estradas nacionais se deve ao contingenciamento dos recursos públicos, desapropriação de terras, demora nas licenças ambientais, erros na concepção de alguns projetos e na reformulação dos mesmos. Os projetos ainda têm R$ 1 bilhão disponíveis até dezembro de 2016 pela Lei Orçamentária Anual (LOA).

Um exemplo da situação das obras é o da BR 163, na divisa de Mato Grosso e Pará. Segundo o DNIT, as obras estão 66% executadas, com previsão de finalização em dezembro de 2017. “Essa rodovia é importantíssima. Ela encurta a distância entre os produtores mato-grossenses e as infraestruturas destinadas à exportação. Deixaríamos de escoar a produção pelos portos do Sul e Sudeste e utilizaríamos, com maior frequência, os portos de Belém”, observou a assessora técnica da Comissão da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Elisangela Pereira Lopes.

Segundo Elisangela, com a proximidade dos portos do Arco Norte, o produtor teria redução de custo de transporte de grãos de US$ 46,00 por tonelada, de um total médio, atualmente, de US$ 126,00 por tonelada, em relação à rota com destino ao porto de Santos. “O valor do transporte cairia para US$ 80,00 ao se transportar por caminhão pela BR-163 até Miritituba/PA e com o uso do rio Amazonas até os portos de Belém”, disse.

A expectativa da Comissão da CNA é que o novo governo e o seu Programa de Parcerias de Investimento (PPI) criem oportunidades para que a iniciativa privada invista nas principais rodovias de grande escoamento de produção agropecuária. “Além de investimentos é necessário que se adote medidas que acelerem a emissão de licenças ambientais e solucionem os conflitos em áreas que abrangem terras indígenas, para que os principais entraves que paralisam obras de infraestrutura sejam resolvidos”.

 

Fonte: Gazeta do Povo

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