O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, esteve em Lucas do Rio Verde (MT), ontem, onde se reuniu com representantes do Conselho Estadual das Associações de Revendas de Produtos Agropecuários (Cearpa). Ele recebeu da entidade uma carta com diversas reivindicações, principalmente sobre a viabilização de crédito para custeio de safra. “A demanda é muito forte a partir de agora, ainda mais em decorrência da queda na produção”, comentou.
Geller colocou a secretaria à disposição para viabilizar as reivindicações e auxiliar o setor: “O assunto está ligado diretamente à minha secretaria, que é responsável pelo Plano Safra. Estamos trabalhando nesta linha, para que o nosso produtor tenha acesso e consiga comprar a semente, o adubo e os defensivos agrícolas. Estamos atentos a estas demandas. A intenção é possibilitar recursos para compra de máquinas, mas, este ano, em razão da quebra na produção, viabilizar também o crédito para o custeio”.
O secretário garantiu que vai apoiar a criação de um fundo de recursos para o setor: “A ideia é elaborar e consolidar um fundo nos moldes da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) e dos Produtores de Algodão (AMPA), para que as revendas tenham recursos para defender o setor. Defender as entidades. Queremos ser parceiros nisso”.
Destacou ainda as medidas consolidadas pelo Mapa: “Construímos várias alternativas, entre elas o custeio foi ampliado de R$ 1.2 milhão para R$ 1.8 milhão por Cadastro de Pessoa Física (CPF). Viabilizamos a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), um extrateto com uma taxa de juros um pouco acima do manual de crédito, mas que viabiliza ao produtor que possa pegar recursos e ir na revenda ou indústria comprar os insumos”.
O secretário Executivo da CEARPA, Pedro Guesser, comentou a carta de reivindicações entregue a Geller. “É de suma importância, uma vez que a gente tem demandas para o Estado. Os distribuidores hoje são os maiores financiadores da agricultura de Mato Grosso. O ideal é trabalhar na parte de insumos, pois há uma série de demandas que veio a favorecer os distribuidores, para que eles possam repassar isso para os seus clientes que são os agricultores”.
Fonte: Agrolink