Nesta quinta-feira (25 de agosto), os preços para o suíno vivo registraram alta. Em Mato Grosso a referência de negócios passa de R$ 3,37/kg para R$ 3,50/kg nesta semana, movimento contrário ao registrado em algumas regiões nos últimos dias. Nas demais praças de comercialização, as cotações seguiram com preços estáveis.
Nesta semana, São Paulo e Rio Grande do Sul tiveram leves baixas, após um período de recuperação no último mês. O presidente da APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos), Valdomiro Ferreira, explica que o cenário de especulação trouxe mudanças ao mercado nos últimos dias.
“Diante dos novos patamares, o suinocultor volta a perder e perder muito. A relação de troca na semana passada era de: um quilo de suíno comprava 2,10 quilos de milho. Agora compra apenas 1,89 quilos de milho”, aponta a associação em nota.
Além disto, apesar da redução na oferta de animais – que proporcionou recuperação de preços nos últimos dias – e as exportações em níveis positivos, o mercado não consegue sustentação. De acordo com o boletim do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as cotações foram pressionados nos últimos dias devido a demanda enfraquecida do período.
“Além disso, os altos patamares de preços da carne suína reduziram a competitividade dessa proteína frente às concorrentes (bovina e de frango)”, apontam os pesquisadores do Centro.
Na segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os dados parciais de embarques para carne suína in natura. Em 15 dias úteis foram exportados 42.100 toneladas, com média diária de 2.800 toneladas. O resultado chega a ser 40% a mais que o volume por dia de agosto de 2015 e 12,8% superior ao mês passado. Em receita, os embarques somam US$ 92.6 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.198,40.
Fonte: Notícias Agrícolas