Frango Vivo: Cotações fecham a semana em alta e custos de produção registram recuo em julho

O mercado de frango vivo teve mais uma semana de valorização. Nesta sexta-feira (12), as cotações chegaram a subir novamente em São Paulo, em que a referência passa a ser de R$ 3,25/kg. Em Minas Gerais, a cotação fechou estável em R$ 3,45/kg, após fortes altas.

Apenas nos últimos sete dias, as cotações na praça paulista subiram 8,53%, segundo aponta o levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Já em Minas Gerais a valorização foi de 1,47%, visto que na última semana o estado havia registrado altas significativas.

Na região Sul, o cenário também é de reajustes positivos. Com isso, a cotação média de Paraná e Santa Catarina fecha a semana com alta de 3,45% e negócios em R$ 3,00 pelo quilo do vivo. No Rio Grande do Sul, o reajuste foi de 3,39%, com referência de R$ 3,05/kg.

Com a regulação na oferta de animais e a demanda aquecida no mercado doméstico, preços têm subido forte nesta primeira quinzena do mês. O boletim semanal do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que com os atuais patamares de preços da carne suína e bovina têm mexido com as cotações.

“Segundo colaboradores do CEPEA, o impulso vem da menor oferta de animais, além das valorizações da carne suína e dos altos patamares da bovina”, explica o Centro.

A Scot Consultoria explica que a oferta de animais está menor que a atual demanda, o que têm dado fôlego às cotações. Com isso, São Paulo atingiu a maior cotação do ano na praça, além de altas também no atacado.

Diante deste cenário, a carne de frango vem perdendo competitividade frente à bovina. “Na parcial de agosto, no atacado, compra-se 1,7 quilo de frango com o preço do quilo do dianteiro bovino, 8,7% menos que no mês passado”, explica a consultoria.

Custos de Produção

Outra boa notícia na semana para os avicultores na semana é a redução do índice que mede os custos de produção da Embrapa Suínos e Aves em julho. O ICPFrango/Embrapa chegou a 225,24 pontos, com queda de 7,05% em comparação com os dados de junho. Deste total, a nutrição teve baixa de 6,72% no mês.

Por outro lado, em relação ao mesmo período de 2015, houve alta de 25,04%, sendo 12,49% no acumulado no ano. Apenas nos últimos oito meses do ano, o quesito nutrição teve alta de 25,17%, devido ao período de escassez de milho (principal componente da ração) que resultou em fortes altas nos custos de produção.

Leilões

Nesta semana, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizou dois leilões de milho destinado a criadores de aves e suínos. A medida é uma forma de amenizar o cenário de escassez do cereal e trazer redução aos custos de produção – que subiram principalmente pelas altas de milho e farelo de soja no mercado doméstico.

Das 50.000 toneladas ofertadas, foram arrematadas apenas 32,06% da oferta, chegando a 16.030,515 toneladas, com preço máximo de R$ 35,70 pela saca de 60 quilos.

Exportações

Na segunda–feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os dados parciais de embarques de carne de frango in natura de agosto, que volta a ter resultado abaixo do ano passado e mês anterior. Em cinco dias úteis, as exportações chegaram a 74.900 toneladas, na média diária 15.000 toneladas. Em receita, os embarques somam US$ 125.1 milhões, com o valor por tonelada em US$ 1.671,10.

Fonte: Notícias Agrícolas

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