Maior comprador da carne bovina brasileira, a China já importa 35% das vendas externas do País, de acordo com dados da Secex do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compiladas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). A estatística inclui ainda o produto que entra por Hong Kong, e representa aumento de sete pontos percentuais em relação a março (28%).
“As importações chinesas mais do que compensam as quedas nas vendas para clientes tradicionais do Brasil como a Rússia e a Venezuela que em 2015 compraram 57% e 41% menos, respectivamente, devido à crise que baixou os preços do petróleo no mercado internacional. No entanto, temos apenas 16 frigoríficos exportando diretamente para o mercado chinês e a Abrafrigo trabalha forte para ampliar este número porque o governo daquele país demonstrou sua intenção de elevar o número de fornecedores brasileiros”, comenta Péricles Salazar, Presidente Executivo da entidade.
Segundo a Abrafrigo, as exportações totais de carne bovina in natura e processada voltaram a crescer em maio, tanto em volume como em receita. A expansão se deve ao mercado chinês, ao início das aquisições pela Arábia Saudita e a compras elevadas por parte do Egito.
Hong Kong, com 134.081 toneladas, e a China continental (71.513 toneladas) foram os maiores compradores do produto brasileiro em 2016. A seguir aparecem o Egito, com 92.545 toneladas; a Rússia, com 54. 641 toneladas; Irã com 36.649 toneladas e o Chile, com 27.050 toneladas, de janeiro a maio.
No total de in natura e processada, as vendas de maio foram de 126.301 toneladas (em abril 108.000 toneladas) com receita de US$ 490.8 milhões contra 110.257 toneladas e receita de US$ 453.5 milhões em maio de 2015, aumento de 15% na quantidade e de 8% em valores. No acumulado do ano, a Abrafrigo informa que as exportações brasileiras atingiram a 588.389 toneladas de janeiro a maio, com receita de US$ 2.23 bilhões. Em 2015, no mesmo período, o acumulado era de 523.595 toneladas e a receita de US$ 2.21 bilhões, o que significa um crescimento de 12% no volume e de 1% na receita das exportações em 2016.
Fonte: Agrolink