Em quase três meses, o Banco do Brasil já registrou um volume de contratações de R$ 3.4 bilhões para o pré-custeio da safra agrícola 2016/17, que começa oficialmente em julho deste ano. Esses recursos são parte de um montante de R$ 10 bilhões ofertados pela instituição financeira a partir de 1º de fevereiro, dentro de um pacote de R$ 83 bilhões lançado pelo governo numa tentativa de reanimar vários setores da economia via bancos públicos.
Os agricultores normalmente tomam esses recursos no período de pré-custeio, entre abril e junho de cada ano, para antecipar compras de insumos como fertilizantes e defensivos que só serão utilizados no plantio da safra seguinte.
Segundo o Banco do Brasil antecipou ao Valor, a instituição também analisa demanda de produtores para financiamento de mais R$ 1.9 bilhão para o pré-custeio, o que, se confirmado, elevaria a contratação a R$ 5.3 bilhões.
Conforme informou o banco, do total concedido nesse período para o pré-custeio, R$ 668.5 milhões foram por meio do Pronamp, voltado para médios produtores, e outros R$ 2.74 bilhões para os demais agricultores.
Goiás foi o Estado que registrou o maior volume desses recursos tomados junto ao banco, com 22,1% do total, seguido por Mato Grosso, com 18,6%, e pelo Paraná, 17,3%, segundo o BB.
O banco informou ainda que esse desembolso de R$ 3.4 bilhões é 26,3% superior ao alcançado nos meses de fevereiro a abril de 2014, quando foram liberados R$ 2.7 bilhões. A comparação não é feita com a safra 2015/16, pois o BB entende que no ciclo passado não houve pré-custeio por falta de recursos.
Fonte: Valor Econômico