Fato raro na história recente das exportações de carnes: variação positiva tanto no volume embarcado como na receita cambial auferida. E quer em relação ao mês anterior, quer em comparação ao mesmo mês do ano passado. Pois isso aconteceu em março último, demonstrando que as vendas externas do produto se encontram em franca recuperação.
Em conjunto, o volume embarcado aumentou quase um quarto em termos mensais e anuais. E a expansão mais significativa, em valores relativos, foi a da carne suína, que registrou incremento mensal de 29% e anual de 85%. Porém, em valores absolutos, veio da carne de frango a principal contribuição, visto ter respondido por 77% do volume adicional sobre fevereiro e por 48% do adicional sobre março de 2015.
Claro, nem tudo são rosas. O preço médio das três carnes continua com valor inferior ao de um ano atrás, situação preocupante em tempos de recuo do dólar e de aumento dos custos internos de produção (situação que afeta, de forma particular, suínos e frangos). Mas já se vislumbra recuperação de preços. A carne de frango, por exemplo, obteve valorização de 2,26% sobre fevereiro/16.
Porém, os preços sofríveis não influenciaram negativamente a receita cambial que, pelo contrário, registrou aumento mensal e anual. Comparativamente ao mês anterior o ganho ficou próximo de 20%, a maior parte do adicional (73%) vindo da carne de frango. Já em relação a março de 2015 houve incremento de 11%, a carne bovina contribuindo com 70% do valor adicional obtido.
Fonte: AviSite