O aumento das exportações e a sanidade das frutas foram os principais assuntos levados pelo setor da fruticultura à ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Ela destacou o grande interesse estrangeiro por alimentos funcionais brasileiros e reforçou o compromisso da pasta com a defesa agropecuária dos pomares.
A ministra recebeu na quarta-feira (16) representantes de onze entidades de todo o País para ouvir as demandas do setor, sob coordenação da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). As prioridades dos produtores se concentram na abertura de mercados internacionais e na liberação de produtos químicos para as lavouras.
Os produtores de manga, por exemplo, pediram agilidade no registro do genérico do fungicida paclobutrazol, usado para retardar o crescimento das plantas. O setor de uvas e de melão quer eliminar barreiras fitossanitárias, a fim de ganhar acesso aos mercados da Ásia e da América do Sul, como China, Coreia do Sul, Tailândia, Argentina e Colômbia.
Já os produtores de banana reivindicam a inclusão da cultura no sistema Geosafras, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com objetivo de gerar dados estatísticos confiáveis e inteligência competitiva.
Kátia Abreu afirmou que o MAPA está preparado para auxiliar os fruticultores na remoção de barreiras externas aos produtos nacionais. Um dos principais focos da atual gestão, disse, é desburocratizar processos para atender da forma mais ágil e eficiente possível o produtor rural.
Ela destacou ainda a grande demanda internacional por alimentos funcionais, como açaí, água de coco e guaraná. “Estou impressionada com o crescimento do interesse de países como Estados Unidos, China e Japão por esses alimentos. Precisamos tomar a frente desse nicho de mercado, ser protagonistas no fornecimento desses produtos. O Brasil tem todas as condições para isso.”
Sobre sanidade, a ministra lembrou que, no ano passado, o ministério criou um programa específico para cuidar do controle e da erradicação da mosca-das-frutas – principal praga que atinge os pomares brasileiros e responsável por grandes prejuízos. Até 2019, o programa vai destinar R$ 128 milhões para aumentar a qualidade, a segurança fitossanitária e o consumo de frutas no mercado interno e externo.