Com mais de 37 bilhões de litros de leite produzidos anualmente, o Brasil tem o desafio de melhorar a qualidade de suas pastagens como uma das formas de viabilizar o aumento da produção leiteira.
Segundo o especialista e professor da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba) Adilson Aguiar, mais de 95% do volume de leite produzido anualmente no País vem de fazendas com sistema a pasto. “Este número reforça a necessidade de reduzir quantidade de áreas degradadas de pastagem no Brasil.”
Segundo a Embrapa, metade dos pastos encontra-se em algum estágio de degradação. Por isto, para implantar um sistema de produção de leite eficiente a pasto, o primeiro passo é escolher as espécies forrageiras corretas para a região. “Outro passo importante é implantar uma infraestrutura de uma pastagem adequada, com piquetes, fontes de água, cochos, sombreamento e corredores de acesso”, informa Aguiar.
Ele lembra que o manejo do pastejo também interfere no resultado. “Se realizado de forma correta, permite que as
vacas alcancem uma eficiente utilização de forragem da melhor qualidade, durante o ano inteiro, sem comprometer a sustentabilidade da pastagem”, garante o professor.
Pragas e invasoras
De acordo com ele, a qualidade do pasto pode ser prejudicada com o surgimento de pragas e plantas invasoras,
que reduzem a produtividade do capim, em virtude da competição por água, luz, nutrientes e espaço físico. Em alguns casos, estas plantas invasoras dificultam o acesso dos animais ao capim ou são tóxicas, o que afeta o desempenho individual dos bovinos.
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Fonte: Revista A Lavoura – Edição nº 712/2016.