O mercado está firme e os preços do leite ao produtor em alta. Segundo levantamento da Scot Consultoria, considerando a média nacional, o litro ficou cotado, em média, em R$0,983.
O aumento foi de 1,7%, frente ao pagamento anterior. No acumulado desde novembro do ano passado, quando o mercado começou a firmar, a valorização é de 2,5%.
O produtor está recebendo 11,1% mais pelo litro de leite na comparação com fevereiro do ano passado.
Figura 1.
Preço do leite ao produtor (média nacional ponderada) – em R$/litro, em valores nominais.
* estimativa
Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br
A produção está em queda nas principais bacias do Sudeste e Sul do país. A concorrência entre os laticínios é grande.
Apesar de normal para o período, a curva de produção foi prejudicada pelos custos de produção em alta, menores investimentos e corte de gastos por parte do produtor. Muitos produtores reduziram o rebanho nos últimos meses ou até mesmo deixaram a atividade.
Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em janeiro de 2016, a produção, considerando a média nacional, diminuiu 2,5%, em relação ao mês anterior.
Para o pagamento de março de 2016 (produção de fevereiro/16), 75% dos laticínios pesquisados acreditam em alta dos preços ao produtor, 18% falam em manutenção e os 7% restante estimam queda para o produtor.
Os laticínios que apontam para queda no preço do leite ao produtor estão no Ceará, Bahia e Pernambuco.
Um ponto importante é que as indústrias de laticínios estão repassando as altas de preços do leite ao produtor para os produtos lácteos no atacado, o que possibilita reajustes positivos na fazenda.
No mercado spot, os preços do leite subiram fortemente nas últimas quinzenas, corroborando com o cenário de oferta mais ajustada à demanda no mercado interno.
A expectativa é de alta de preços no mercado spot, com os valores máximos chegando a R$1,40 por litro em março em São Paul e em Minas Gerais.
O mercado de leite deverá seguir firme nos próximos, com valorizações em todos os elos da cadeia.
Do lado dos custos de produção, são esperadas ligeiras quedas nos preços dos farelos e fertilizantes. Para o milho o mercado deve perder sustentação a partir de março/2016.
De qualquer maneira, o dólar valorizado é um limitante para as quedas de preços destes produtos no mercado brasileiro.