Carnes/CEPEA: Cotações

Boi/CEPEA: poder de compra de recriador cai 10% no Sudeste

O poder de compra de pecuaristas de engorda caiu em todas as regiões acompanhadas pelo CEPEA em 2015, em torno de 10% no Sudeste, Centro-Oeste e Norte e de 8% no Sul do País. Segundo pesquisadores do CEPEA, esse cenário reflete a maior valorização do bezerro em detrimento do boi gordo.

Para amenizar o impacto do aumento dos custos decorrentes da valorização do bezerro, levantamentos de campo do CEPEA mostram que pecuaristas de recria-engorda têm intensificado o uso de técnicas que proporcionam ganho de produtividade nesta etapa da produção. Há regiões em que o sistema típico já é a integração lavoura-pecuária e, em maior escala, tem sido nítido o esforço para se reduzir a idade de abate dos animais.

Além disso, dados mostram que pecuaristas de cria também têm conseguido ganhos de produtividade que, por sua vez, favorecem quem trabalha com a engorda. Entre o ano passado e 2015, houve aumento de 0,7% no peso médio do bezerro de Mato Grosso do Sul, por exemplo.

Esse resultado reflete, entre outros fatores, investimentos em genética, que têm melhorado a qualidade dos animais nos últimos anos, mesmo diante de intempéries climáticas.

Suínos/CEPEA: setor está atento à greve de caminhoneiros

A paralisação de caminhoneiros volta a preocupar o setor de proteína animal, que já enfrentou esse mesmo tipo de protesto no primeiro semestre e também greve dos fiscais agropecuários em setembro. Podem ocorrer problemas no transporte e na comercialização tanto de insumos quanto de animais vivos e de carnes.

Segundo pesquisadores do CEPEA, para o mercado suinícola, a questão é especialmente grave porque pode dificultar o escoamento da carne neste momento em que está competitiva frente à bovina e de frango.

Além disso, nas próximas semanas, atacadistas devem iniciar a formação de estoques para o final do ano. Do lado produtor, atrasos na entrega dos principais insumos utilizados na alimentação de suínos e aves (milho e farelo de soja) podem prejudicar a engorda dos animais e/ou elevar os custos de produção.

Entre os frigoríficos, o receio é que, com possíveis atrasos no recebimento de suínos para serem abatidos, as vendas venham a se concentrar num mesmo período, elevando estoques e pressionando os valores.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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