O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional de citros, com um pomar de 183.783.180 plantas cítricas, formado por 60.793 talhões. Os dados são da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, com base nos 11.472 relatórios das inspeções do greening e cancro cítrico informados pelos produtores comerciais durante o primeiro semestre de 2015 à Coordenadoria de Defesa Agropecuária.
O maior número de plantas cítricas está na região do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Barretos (22.427.759 plantas), seguida pelas regiões de Araraquara (15.222.747), Mogi Mirim (14.342.721), São João da Boa Vista (12.696.674), Bauru (12.690.245), Avaré (10.955.597) e Botucatu (10.891.490).
Mesmo com a preocupação fitossanitária do pomar e a ameaça de doenças como o cancro cítrico e o greening, que justificou a eliminação de 2.049.076 plantas, houve o plantio de 4.120.537 plantas novas, sendo que 1.313.074 delas foram replantadas em substituição às eliminações. O produtor deu preferência na escolha de mudas com copa variedade Laranja Pêra com a porta enxerto Limão Cravo.
Para a doença greening ainda não existe tratamento curativo, nem variedade resistente. Quando contaminadas, as plantas novas não chegam a produzir e as plantas adultas tornam-se improdutivas dentro de 2 a 5 anos. Como informa o engenheiro agrônomo Vicente Paulo Martello, diretor do Centro de Defesa Sanitária Vegetal, “a única forma de controle é através de inspeções constantes, que devem ser realizadas pelo citricultor. Encontrando plantas com sintomas da doença elas devem ser eliminadas o mais rápido possível para eliminar as fontes de inoculo, associado com o controle do vetor da doença que é o psílideo (Diaphorina citri)”.
O relatório mostrou que 9.279 propriedades (80.88% do total) são formadas com até 10 mil plantas e respondem pelo cultivo de 23.601.692 plantas, ou seja, 12.84% do total do Estado. Com mais de 10 mil plantas são 2.193 propriedades (19.11%l) que juntas representam o cultivo de 160.181.488 plantas cítricas (87.15%).
Outro dado importante do relatório mostra o total de plantas em função da idade de plantio. 28,51% das plantas existentes tem de 4 a 8 anos de idade. O maior número de plantas eliminadas em função da doença greening e do cancro cítrico também estavam na faixa de 4 a 8 anos de idade. Já o maior volume de plantas eliminadas por outros motivos tinham de 8 a 12 anos de idade.
No período, 2.171.719 plantas cítricas foram eliminadas por mudanças de atividades; 1.312.398 por reforma no pomar; e para a eliminação de 1.659.862 plantas, não foram especificadas os motivos das eliminações.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, A citricultura é um segmento de importância crescente na agricultura. “Essa atividade apresenta uma enorme capacidade de estimular os pequenos e os médios produtores e a agricultura familiar. A sociedade se mobiliza cada vez mais por alimentos saudáveis e precisamos atender as diretrizes do governador Geraldo Alckmin para garantir a saudabilidade desses alimentos”, disse.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo