Faltando agora, praticamente, apenas um trimestre para o encerramento do exercício, somente o boi continua a proporcionar ganho real para o seu produtor. Porque, para uma inflação prevista em pouco mais de 9% no ano e ligeiramente acima de 16% em dois anos, vem obtendo em 2015 preço médio 19,47% e 45,86% superior ao dos mesmos períodos de, respectivamente, 2014 e 2013.
Em setembro, o suíno teve um ganho de preço excepcional e fecha o mês com um valor médio mais de 20% superior ao de agosto passado. Mas esse resultado continua sendo insuficiente para reverter as perdas acumuladas desde o primeiro semestre. Assim, o produtor de suínos completa os nove primeiros meses de 2015 recebendo um valor médio quase 6% menor que o de idênticos meses de 2014.
É verdade que, em relação ao valor recebido dois anos atrás o resultado atual é ligeiramente melhor (+13,96%). Porém, permanece aquém da inflação acumulada no biênio.
Como o suíno (e a exemplo de setembros anteriores), o frango vivo também teve boa recuperação de preço no mês – a ponto de alcançar a melhor média mensal dos últimos dois anos (o que, por outro lado, significa que continua com um valor menor que o de setembro de 2013). Mas se, no ano, registra evolução de preço melhor que a do suíno (+4,18%, ou seja, visivelmente aquém da inflação), em relação aos mesmos nove meses de 2013 acusa ganho ínfimo: +1,94%.
A partir desses resultados constata-se que, em 2015, o preço médio do frango correspondeu a 25,21% (ou pouco mais de um quarto) do preço do boi (arroba transformada em quilos) e a 53,38% do preço do suíno. No tocante ao boi, especificamente, é a menor relação de preços de todos os tempos. Um processo, aliás, sem tendência de reversão.
Fonte: AviSite