“Temos vantagens comparativas e competitivas, porém, nosso desafio é saber onde está a liderança e lutar para construir o futuro do agronegócio”, disse o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes, durante palestra no 14º Congresso Brasileiro de Agronegócio – Sustentar é integrar, realizado em São Paulo.
Ele ainda destacou a integração de soluções no Brasil, em curto tempo, e apontou como grande gargalo do agro a diversificação e a integração entre agropecuária a sustentabilidade. “Temos de identificar as vantagens competitivas para ter liderança e protagonismo. O Brasil é capaz de integrar as cadeias produtivas”, avaliou.
Na opinião de Lopes, a Integração Lavoura-Pecuária e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta devem ganhar espaço no Brasil, pelo fato de reduzirem os impactos ambientais e agregarem renda aos produtores.
“Estes sistemas são os mais indicados para a recuperação de áreas degradadas, em especial de pastagens. A incorporação das florestas também será importante, por ter foco no bem-estar animal.”
Durante o evento, Lopes anunciou um projeto da Embrapa, como o aval do Mapa, para criar uma subsidiária com o objetivo de ter mais agilidade na captação de recursos e na geração de startups de tecnologia.
“O projeto está avançado e a nova empresa e terá profissionais capazes de transformar os ativos desenvolvidos pelas diversas unidades da Embrapa em novos negócios e produtos”, disse.
Segundo ele, a expectativa é de que seja aprovada ainda este ano. Também destacou a aliança para a inovação agropecuária e citou como exemplo de inovação aberta o novo processo de transgenia para o controle de plantas daninhas, que será lançado neste mês de agosto.
De acordo com Lopes, novos acordos e alianças são necessários para que o Brasil mantenha o protagonismo e liderança em novas áreas do agronegócio. Porém, é necessário que o País aumente o grau de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento no setor.
O presidente da Embrapa ainda citou dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), segundo os quais, o volume aplicado no Brasil em pesquisa e inovação equivale a 5% dos recursos globais, enquanto nos Estados Unidos é de 13% e na China, 19%.
Por equipe SNA/SP