Carne de frango: evolução da receita em dólar e em real

A análise da evolução da receita cambial mensal da carne de frango brasileira nos últimos noventa meses (isto é, desde o início do exercício em que eclodiu uma crise econômica mundial até hoje não superada; ou, mais exatamente, de janeiro de 2008 a junho de 2015) aponta, senão a estagnação, evolução bastante moderada dos valores recebidos – reflexo, claro, da relativa estabilização do volume exportado e dos preços alcançados pela carne de frango no mercado internacional.

Assim, contraposto o pico mais recente (pela média semestral móvel, US$ 702 milhões em dezembro de 2014) ao pico alcançado quase sete anos atrás (US$ 674 milhões em outubro de 2008) verifica-se incremento de pouco mais de 4%, um índice que, sem dúvida, não cobre a desvalorização apresentada pelo dólar no período.

De toda forma, essa baixa evolução se reflete, sobretudo, na Balança Comercial do Brasil. Porque, para o exportador – cuja maioria dos custos é realizada na moeda brasileira – a compensação vem através da desvalorização do real frente à moeda norte-americana.

Pelo padrão internacional, por exemplo, a variação de receita ponta a ponta – ou seja, entre janeiro de 2008 e junho de 2015 – foi de 18%. Já pelo padrão monetário brasileiro essa diferença sobe para 93%, quase o dobro do que foi registrado no início do período analisado.

Naturalmente, isso corresponde a um resultado extremo. Porém, mesmo adotando-se outros indicadores, os números finais são elevados. Exemplo: comparando-se a receita média dos últimos 12 meses (julho de 2014 a junho de 2015) com a média registrada nos 12 meses de 2008 tem-se, em dólar, variação da ordem de 9%. Já em real essa variação supera os 60%.

 

Avisite

 

Fonte: Avisite

 

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