O estudo GM Crops: global socio-economic and environmental impacts (Lavouras transgênicas: impactos ambientais e socioeconômicos) da consultoria britânica PG Economics divulgado em maio concluiu que as culturas geneticamente modificadas contribuem com práticas agrícolas mais sustentáveis, aumentam a produtividade e a renda dos produtores rurais. Segundo o estudo, nos 18 anos de uso da biotecnologia, houve um incremento de produção de 138 milhões de toneladas de soja, 274 milhões de toneladas de milho, 21.7 milhões de toneladas de algodão e 8 milhões de toneladas de canola.
A consultoria explica na divulgação da pesquisa que o aumento da produção em área igual reduz a pressão sobre florestas e áreas de preservação ambiental. O cálculo do estudo é de que se a biotecnologia não fosse estivesse disponível para aproximadamente 18 milhões de agricultores que a utilizaram em 2013, seriam necessários 18.1 milhões de hectares a mais para produzir o mesmo volume de soja, milho, algodão e canola. A área é equivalente a 29% das terras agricultáveis do Brasil ou 11% da superfície norte americana.
O levantamento ainda destaca que os rendimentos dos agricultores aumentaram, especialmente nos países mais pobres. O benefício líquido em 2013 foi de US$ 20.5 bilhões (aproximadamente R$ 61.5 bilhões). Portanto, houve um aumento médio de US$ 122,00 (R$ 366,00) por hectare. Já nos países em vias de desenvolvimento, os produtores receberam US$ 4,22 por cada dólar investido em sementes transgênicas. Nos países ricos, esse valor foi de US$ 3,88.
De acordo com Adriana Brondani, bióloga e diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), o estudo é mais uma confirmação de pesquisas anteriores. “A cada ano os estudos confirmam que os organismos geneticamente modificados são uma ferramenta com grande potencial para revolucionar a agricultura e a vida do produtor rural”, resume Adriana.
Fonte: Agrolink