Próximo do fim da colheita, arroz brasileiro busca estabilidade
O mercado brasileiro de arroz, ao longo dessa semana, apresentou preços semelhantes aos praticados em igual período do ano passado. Com os trabalhos de ceifa se aproximando do final, a tendência é que essa trajetória de queda iniciada em fevereiro seja estancada. Essa perspectiva é potencializada pelos reflexos que o comportamento do real diante do dólar terá sobre as paridades de importação e exportação.
Nos dois primeiros meses do ano comercial 2014/15, com o dólar comercial a uma média de R$ 2,28, o volume importado pelo Brasil foi de 212.925 toneladas de arroz (base casca). No mesmo período da atual temporada, com a taxa média em R$ 3,09/dólar, o volume comprado foi de apenas 90,819 mil toneladas. Conforme o analista de Safras & Mercado, Mahal Terra, “é interessante destacar a manutenção do Paraguai como principal alternativa externa de abastecimento”. Das 90.819 toneladas importadas no primeiro bimestre da atual temporada, 77.617 toneladas (85,5%) eram do Paraguai, contra 4.492 toneladas da Argentina (4,95%) e 4.469 toneladas do Uruguai (4,92%).
O país que lidera as vendas tem como vantagem a maior proximidade com o principal centro consumidor brasileiro, a região Sudeste. Além disso, os preços no FOB são mais competitivos. Na média do último ano comercial a tonelada de arroz comprada no Paraguai ficou em US$ 438.33, contra US$ 589.71/tonelada do Uruguai e US$ 706.54/tonelada da Argentina.
A análise dos números de importação e exportação nos dois primeiros meses do ano comercial 2015/16 mostra que, até o momento, o impacto da desvalorização do dólar tem sido sentido pela redução do volume comprado no exterior. As vendas externas estão abaixo das realizadas no mesmo momento de 2014 devido principalmente ao forte recuo apresentado nos preços do cereal nos Estados Unidos.
Brasil deve produzir 3.414 milhões de toneladas de feijão em 2014/15
A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) divulgou o oitavo levantamento de intenção de plantio da safra agrícola 2014/15. Segundo os dados apresentados, a produção brasileira de feijão no período deverá totalizar 3.414 milhões de toneladas, 1,1% a mais das 3.453 milhões de toneladas colhidas na safra passada. No mês passado a Conab previa uma safra menor, de 3.399 milhões de toneladas.
A área destinada ao cultivo do feijão, contabilizando as três safras que compõem o ciclo da cultura ao longo da temporada, deverá atingir 3.130 milhões de hectares. Caso confirmado, será 7,0% menor do que os 3.365 milhões de hectares destinados ao feijão na safra 2013/14. A produtividade, por sua vez, deve totalizar 1.091 quilos por hectare, 6,3% superior aos 1.026 quilos por hectare produzidos no ciclo anterior.
A maior área cultivada com o feijão na safra 2014/15 deverá ser a do Paraná, estimada em 413.300 hectares, recuando 19,8% em comparação aos 515.400 hectares da safra anterior. O rendimento paranaense é estimado em 1.795 quilos por hectare, número 14,3% superior à temporada passada. O Estado deverá produzir 741.700 toneladas de feijão na safra 2014/15, redução de 8,3% contra as 808.900 toneladas colhidas em 2013/14.
O Sul do País continuará como principal região produtora de feijão na safra 2014/15, com estimativa de produção em 972.200 toneladas, seguida pela região Nordeste, com produção estimada em 823.900 toneladas. O Centro-Oeste do País tem a produção no ciclo projetada em 784.100 toneladas, enquanto no Sudeste é projetada em 751.300 toneladas.
Chuvas seguram preços do feijão carioca
Na segunda semana de maio, o mercado de feijão carioca foi agitado. Na segunda-feira o preço do tipo extra subiu para R$150,00 a saca, enquanto os outros tipos se mantiveram estáveis, isso se deu pela baixa oferta de feijões dessa qualidade, o motivo dessa baixa oferta foram as chuvas que atrapalharam a colheita da segunda safra que conta com boa qualidade, e com o fim da oferta oriunda do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Desta forma, com a queda já esperada nos preços do feijão carioca, os preços no fechamento da semana foram: feijão extra nota 9 R$ 142,50 a saca de 60 quilos, R$ 5,00 inferior à semana passada e R$ 7,50 inferior à segunda-feira desta semana; R$ 127,50 para o carioca especial, também R$ 5,00 abaixo da semana passada, R$ 115,00 para o comercial nota 8, R$ 90,00 para o comercial nota 7 e R$ 65,00 para o feijão nota 6 semi-novo.
A semana foi difícil para os produtores do feijão preto, os preços sofreram uma das maiores quedas em uma semana desse ano, e mesmo com os preços caindo bastante, o movimento de compras dos varejistas foi muito baixo, oque mantém a perspectiva de queda de preços.
O feijão preto extra apresenta, assim, bolsinha de São Paulo o preço mínimo de R$ 115,00 a saca e máximo de R$ 120,00, obtendo preço médio de R$ 117,50 a saca de 60 quilos – valor 9% inferior ao praticado na semana passada. O preço do feijão preto especial caiu para uma máxima de R$ 110,00 a saca e R$ 105,00 de mínima, com preço médio de R$ 107,50 a saca de 60 quilos.
Fonte: Agência Safras