Com a orientação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) , agricultores do município de Antônio Carlos, região Central de Minas, abandonaram o cultivo de morangos pelo método tradicional para investir em um sistema alternativo conhecido como mulchieng ou plasticultura. Com a mudança, os irmãos Gilberto e Fábio Almeida conseguiram melhorar as condições de trabalho e o desempenho da lavoura.
O método mulchieng permite cultivar, além do morango, o tomate e o abacaxi em uma estufa que protege as plantas das ações climáticas e possibilita o cultivo de um fruto mais sadio. As mudas são plantadas em slabs (sacos plásticos também conhecidos como travesseiros), que são preenchidos com substrato e furados para que as plantas possam se desenvolver. Os slabs são colocados em bancadas para que as mudas fiquem suspensas e não tenham contato com chão.
“O novo sistema tem contribuído para solucionar antigos problemas da produção, como a qualidade final dos frutos – melhorada – e como o sistema cria uma estufa, é possível também economizar água, pois a irrigação não evapora com facilidade”, afirma o coordenador técnico estadual de Fruticultura da Emater-MG, Bernardino Cangussú.
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
Mesmo com todas as melhorias, alguns agricultores, como os irmãos Gilberto e Fábio Almeida, do município de Antônio Carlos, região Central de Minas, decidiram fazer algumas adaptações. Os produtores substituíram os slabs por calhas de isopor.
As calhas ficam suspensas por uma estrutura e são cobertas com plástico antes de receberem o substrato e as mudas. Além de durável, o isopor trouxe benefícios, como a redução das oscilações de temperatura, que podem prejudicar a produtividade da lavoura, e possibilitou a renovação das plantas.
“A calha de isopor chega a reduzir a oscilação da temperatura em 17 graus. Ao implantar as calhas de isopor ganhamos em torno de 400 gramas por planta em 7 meses e demos longevidade ao nosso plantio. Isso nos permitiu melhorar o manejo”, conta Fábio Almeida.
Com a mudança, os irmãos Gilberto e Fábio Almeida conseguiram melhorar as condições de trabalho e o desempenho da lavoura. “Saltamos de 5 mil plantas por trabalhador para algo em torno de 12 mil, pois trabalhamos em pé e fazemos a colheita com carrinhos”, relata Gilberto Almeida.
O sistema de plasticultura também está contribuindo para solucionar antigos problemas da produção, como o custo de manutenção dos canteiros, o uso de agrotóxicos para fazer o controle de pragas e a economia de água em todo a produção.
Fonte: Governo de Minas Gerais