Na quinta-feira da semana passada, 6 de setembro, em Brasília, foi apresentado na Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação o Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação (SiBCTI). No encontro, estiveram presentes representantes de federações e do governo, entidades, cooperativas de produtores, além de pesquisadores e especialistas da área.
Já é a segunda edição do sistema, lançado primeiramente no ano de 2005 e apresentado pelo agrônomo Silvio Roberto de Lucena Tavares, da Embrapa Solos do Rio de Janeiro. O SiBBTC, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é uma metodologia que define a potencialidade do ambiente para desenvolver dada cultura sob determinado tipo de irrigação, além de classificar as terras através da interação de vários planos de informação, com o objetivo de avaliar o ambiente e auxiliar no manejo da agricultura irrigada.
Segundo Tavares, a ferramenta consiste em evitar que terras que não tenham aptidão para a irrigação sejam incluídas no processo produtivo, minimizando o impacto ambiental, além de perdas financeiras. “Estamos disponíveis para esclarecer, bem como dar cursos a profissionais e interessados em geral sobre o sistema e a sua importância. Ele permite que áreas antes consideradas como não aptas à irrigação sejam classificadas como aptas, gerando riqueza. Ela também possibilita o uso da água e melhor exploração dos recursos hídricos”, explica.
Para Alberto de Figueiredo, diretor da Sociedade Nacional de Agricultura, SNA, usar os estudos existentes sobre os solos para auxiliar na geração de suas riquezas deve ser uma tarefa feita com frequência pela cadeia produtiva. “Os solos devem ser irrigados de maneiras diferentes de acordo com suas respectivas texturas. Se houver um estudo do planejamento do solo, não existe a possibilidade de suas riquezas se dissolverem até a camada mais profunda dele, o que ocasiona a perda delas. É fundamental estudar o solo para conhecer a fundo suas fraquezas e fortalezas”, finaliza.