Seca impede reabertura de hidrovia Tietê-Paraná para temporada de soja

A hidrovia Tietê-Paraná, uma importante via de escoamento de grãos, celulose e outros granéis não irá reabrir em janeiro, conforme planejado inicialmente, a tempo do início da temporada de escoamento de soja, disse o governo de São Paulo nesta terça-feira.

A hidrovia está fechada desde maio. As chuvas de janeiro, usualmente o mês mais chuvoso do Sudeste do Brasil, não foram suficientes para elevar o nível da água o suficiente para o trânsito de barcaças.

O fechamento reforça o crescente impacto econômico da escassez de chuvas no Sudeste, região responsável por 60 por cento da geração de riquezas do país, em um momento também de crise no abastecimento de água e de fortes preocupações com os níveis dos reservatórios das hidrelétricas.

A Secretaria Estadual de Logística e Transportes disse que não há uma nova data para reabrir a hidrovia, conforme um email em resposta a questionamentos da Reuters.

“Não temos, neste momento, prazo para retomada da navegação, que continua paralisada”, disse a secretaria.

O governo havia dito em comunicado em setembro que a hidrovia seria reaberta em janeiro.

O governo paulista esperava resolver o problema reduzindo a vazão em três hidrelétricas na região, e disse que testes feitos em duas usinas em setembro conseguiram elevar o nível da água sem impactos ambientais significativos.

No entanto, o governo estadual ainda aguarda a aprovação de agências federais, disse a secretaria.

Quando a Tietê-Paraná fechou no ano passado, perto do fim da temporada de exportação de soja, a Aprosoja, associação que reúne produtores de soja, estimou que os custos de frete subiram 10 a 12 por cento.

A hidrovia transporta 8 milhões de toneladas de carga por ano, incluindo 2,5 milhões de toneladas de soja, milho e outros subprodutos de soja, principalmente do Mato Grosso e Goiás, rumo a indústrias e portos.

 

Fonte: Reuters

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