Depois de dois anos consecutivos de queda, o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) comemora o saldo positivo do setor, que deve encerrar 2014 com produção estimada em 67,3 milhões de toneladas (rações e sal mineral), o que pode significar crescimento de 4,1% em relação ao ano anterior, quando foram produzidas 64,6 milhões de toneladas.
Os investimentos dos pecuaristas em suplementação mineral foram responsáveis pela recuperação, segundo Ariovaldo Zani, vice-presidente da entidade. O Brasil é o terceiro maior produtor de rações do mundo e o setor representa uma receita anual superior a R$ 40 bilhões.
Do total produzido neste ano, as rações as aves devem responder por 54,9%, o equivalente a 37 milhões de toneladas, ante 35,8 milhões de toneladas no ano passado, um avanço de 3,6% na análise.
“O aumento da produção de ração para a avicultura deve-se a um leve crescimento da produção de carne de frango”, observa Zani.
De acordo com o Sindirações, em 2014 a produção de ração para bovinos de corte e leite deve fechar com crescimento de 6,3%, para 8 milhões de toneladas, ante 7,5 milhões de toneladas no ano anterior.
Para os suínos, a estimativa é de 15,4 milhões de toneladas de ração, aumento de3,4% em relação às 14,9 milhões de toneladas no período anterior.
ESTABILIDADE
Zani aponta um quadro de estabilidade para 2015, com elevação em torno de 3%, o que pode resultar na produção de 69,3 milhões de toneladas de rações. Na visão do executivo, a abertura das exportações brasileiras de carne para os mercados da Rússia e Japão devem favorecer a cadeia produtiva no ano que vem.
“O setor, porém, deve ficar atento à demanda interna. Em razão de ajustes na economia, o consumidor poderá migrar para outras fontes de proteína”, alerta.
Por equipe SNA/SP