O fenômeno El Niño vai voltar a influenciar a safra brasileira de soja a partir da segunda metade do inverno, com o aumento da pressão de pragas e doenças nas lavouras. A previsão é do agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar Meteorologia.
Será antecipado o período de início das chuvas da primavera no Sudeste e Centro-Oeste, com irregularidade, e elevação da intensidade pluviométrica no Sul do Brasil durante todo o período. A incidência de pragas será menor que no ano passado, mas ainda mais alta se comparado a outras safras.
Por outro lado, a ferrugem asiática voltará a exercer grande pressão, com maior incidência de soja “guaxa”, que serve de hospedeira para o fungo. Também as infestações por mancha-alvo será uma implicação importante para a próxima safra.
A recomendação é monitorar a lavoura desde cedo, antecipar o plantio e realizar as aplicações de fungicidas de forma preventiva e desde a fase vegetativa da cultura também é essencial para controlar incidência de doenças.
“Ações isoladas de manejo não funcionam, ainda mais neste caso. Nossa recomendação é que o sojicultor comece a se planejar agora, levantar o histórico de como a região se comportou diante do fenômeno El Niño em safras anteriores, o que foi feito e o que funcionou, além de contar sempre com o apoio de um engenheiro agrônomo. Mesmo que haja diferenças entre um ano e outro, é importante não ser pego de surpresa”, aponta Everson Zin, gerente de Marketing Estratégico da Bayer CropScience.
Fonte: Agrolink