No último ano da segunda década do século XXI, 2020, os suínos deixarão de propiciar a carne de maior produção e consumo no mundo. Então, o abastecimento da população mundial estará sendo liderado pelas carnes avícolas ou, preponderantemente, pela carne de frango, cuja produção vem evoluindo em índices mais significativos que os da carne suína.
A previsão está contida na publicação “OECD-FAO Agricultural Outlook 2014”, que acaba de ser divulgada, e que resulta de trabalho conjunto desenvolvido anualmente pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Nas atuais “perspectivas” – aplicáveis ao decênio 2014 /2023 – OCDE e FAO, partindo dos resultados registrados no triênio 2011/2013 (2013: preliminar), anteveem que doravante a produção mundial de carne suína evoluirá a uma média próxima (mas inferior) a 1,5% ao ano, acumulando ao final do período expansão próxima de 15%.
Embora representativos, tais índices são inferiores aos estimados para a carne de frango, cujo índice de expansão anual está sendo previsto em cerca de 2,5% ao ano, o que, se consolidado, representará incremento de 26,70% em uma década.
Já para a carne bovina – cujo volume médio no triênio passado correspondeu a 23% da produção das três carnes (carne de frango: 37%; carne suína: quase 40%) – é projetada expansão de perto de 1,3% ao ano, índice que implica em um acumulado decenal de não mais que 13%.
Com esse desempenho, em 2023 a participação da carne bovina recuará para cerca de 22%, com redução de 4,72% em relação ao triênio 2011/13. A carne suína também terá participação menor – de cerca de 38%, redução de 3,41%. Ganha apenas a carne de frango (+6,5%), com uma participação equivalente a quase 40% do total.
A registrar que, com esses resultados, a produção mundial de carne de 2023 será quase 20% maior que a registrada na média dos últimos três anos, esse índice correspondendo a um volume adicional de quase 54 milhões de toneladas.
Pois bem: mais da metade desse volume – ou 53% do adicional previsto – será suprida pela carne de frango. A carne suína contribuirá com menos de um terço desse adicional (31%) e a carne bovina com apenas 16%. Ou seja: aumenta a responsabilidade da avicultura de alimentar o mundo.
Fonte: Agrolink