As exportações brasileiras de soja na temporada 2013/14 devem ser um pouco menores que o esperado anteriormente devido a uma menor demanda internacional, disse nesta quarta-feira a consultoria INTL FCStone, que projetou embarques de 46 milhões de toneladas.
Em abril, a consultoria havia estimado exportações de 46,5 milhões de toneladas da oleaginosa em 13/14.
“Como se espera uma redução da demanda internacional nos próximos meses, principalmente da China, foi feito um ajuste nas exportações brasileiras e no consumo doméstico, que deve ser praticamente mantido inalterado em relação ao ciclo anterior”, disse a FCStone, em nota.
A empresa revisou a estimativa de consumo interno para 39,5 milhões de toneladas, ante 39 milhões da pesquisa de abril.
O estoque de soja ao final da temporada deve ser de 3,21 milhões de toneladas, ou 3,8 por cento do uso total do país, considerado “um nível ainda confortável”.
Em relação à estimativa da colheita brasileira, que está praticamente finalizada, a FCStone manteve a projeção praticamente inalterada em 87,63 milhões de toneladas, ante 87,64 milhões no relatório de abril.
“Foram feitos ajustes em produtividades de alguns Estados, especialmente os que colhem a soja mais tardiamente”, disse a empresa, em nota.
No Paraná, o clima seco afetou bastante a safra do noroeste do Estado, levando a uma produção 15 por cento menor do que a esperada inicialmente.
O Rio Grande do Sul, onde a maior parte da colheita aconteceu no mês passado, mostrou rendimento pouco abaixo das expectativas. O volume produzido no Estado deve ser de aproximadamente 13 milhões de toneladas, disse a FCStone.
A estimativa reforça a percepção de um safra recorde no país em 2013/14, após uma colheita de 81,5 milhões de toneladas em 2012/13.
A estimativa de safra de milho realizada em maio pela FCStone apontou uma produção de 71,72 milhões de toneladas para o ciclo 13/14, um aumento de quase 500 mil toneladas em relação à projeção de abril.
Fonte: Reuters