Aprosoja pede medidas da FPA contra lei europeia

Na última semana, representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) participaram de reuniões com membros da Frente Parlamentar da Agropecuária e com representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), para discutir a entrada em vigor da Lei Anti Desmatamento, também conhecida pela sigla em inglês EUDR, a partir de janeiro de 2025.
A EUDR foi aprovada em 2023 pelo Parlamento Europeu trazendo a exigência de que a soja, cacau, café, borracha, carne e celulose só serão comercializadas no bloco se forem oriundas de áreas produtivas que não tiveram desmatamento após dezembro de 2020. Até o momento, não se sabe exatamente como o sistema de checagem e auditagem será implementado.
A Aprosoja Brasil entregou ao Presidente da FPA, Deputado Federal Pedro Lupion (PP-PR), uma análise para que o Congresso Nacional produza uma estratégia de reação, caso haja prejuízos aos produtores e demais atores da cadeia em decorrência da aplicação da lei.
O advento da legislação está no topo da pauta da entidade, pois seus membros temem que haja impacto econômico para os sojicultores.
Para a Aprosoja, caso os produtores não possam abrir novas áreas, como medida para garantir a manutenção das exportações, os municípios poderão sofrer perdas relacionadas ao seu desenvolvimento econômico e social.
A Aprosoja acredita, porém, que a possibilidade de regionalização da exportação e o pressuposto de que a Comunidade Europeia pagará mais caro por estes produtos reduzem os motivos para grandes preocupações. Entretanto, a associação alega que em muitos produtos, a cadeia se preparou e atendeu as exigências de certificações internacionais, mas os mercados pagaram prêmios que não compensam os custos agregados ao produto.
“Adicionalmente, todo o processo de checagem e auditagem previsto na EUDR, além de complexo, traz um risco associado para as empresas que realizam o comércio. Neste cenário, a grande preocupação é de que os custos e riscos inerentes ao cumprimento da norma gere lentidão ou queda no comércio, ou pior, redução no preço pago ao produtor”, disse o Presidente da Aprosoja, Maurício Buffon.
Fonte: Aprosoja Brasil
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