As vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio totalizaram US$ 15.05 bilhões em maio de 2024. Esse resultado correspondeu a 49,60% das exportações totais do Brasil. A receita em maio foi 10,20% inferior na comparação com os US$ 16,76 bilhões no mesmo mês de 2023. Em termos absolutos, houve uma queda de US$ 1.71 bilhão nas receitas. Esta diminuição ocorreu em função dos menores preços médios de exportação e, também, devido à redução do volume global exportado.
Os produtos que mais contribuíram para abrandar a queda das exportações no mês foram café verde (+ US$ 392.21 milhões), algodão não cardado nem penteado (+ US$ 337.30 milhões), celulose (+ US$ 298.95 milhões) e açúcar de cana em bruto (+ US$ 114.63 milhões).
Um dos destaques das exportações brasileiras do agronegócio, o complexo sucroalcooleiro continua registrando recordes de exportação.
O setor elevou as exportações de US$ 1.24 bilhão em maio de 2023 para US$ 1.43 bilhão em maio de 2024 (+ 15,30%). O volume recorde de açúcar exportado para os meses de maio foi o fator responsável por esse bom desempenho.
Vale ressaltar que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção de 46.3 milhões de toneladas de açúcar para a safra 2024/2025, maior volume de produção de açúcar em toda a série histórica. Com essa produção recorde, o Brasil exportou 2.81 milhões de toneladas em maio (+ 16,70%).
As carnes também estão entre os principais produtos exportados do agronegócio brasileiro, sendo responsáveis por 14,20% de todas as vendas externas do agronegócio. Foram registrados US$ 2.13 bilhões em maio de 2024, receita 2% superior na comparação com os US$ 2.09 bilhões no mesmo período de 2023.
Houve embarques recordes em três tipos de carnes: 211.980 toneladas exportadas de carne bovina in natura em maio de 2024 (recorde de todos os meses); 430.260 toneladas de carne de frango in natura (recorde para os meses de maio); e 91.630 toneladas de carne suína in natura (também recorde para os meses de maio).
Os produtos florestais ficaram na terceira posição dentre os principais setores exportadores do agronegócio, registrando US$ 1.55 bilhão em vendas externas (+ 25,50%).
Ao contrário do complexo soja e das carnes, houve aumento nos preços médios de exportação dos produtos florestais. O principal motivo dessa alta ocorreu devido ao aumento do preço internacional da celulose, que passou de US$ 403,00 a tonelada em maio de 2023 para US$ 551,00 a tonelada em maio de 2024 (+ 36,80%). A China é o principal importador desse produto brasileiro.
No acumulado de 2024, as exportações brasileiras do agronegócio geraram uma receita de US$ 67.17 bilhões (- 0,20%). A queda da receita ocorreu em função da queda dos preços dos produtos exportados (- 9,80%), uma vez que o volume exportado registrou um aumento de 10,70% nos cinco primeiros meses do ano. O agronegócio representou 48,40% das exportações totais brasileiras.
No período acumulado dos últimos doze meses a receita das exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 166.38 bilhões, o que significou um aumento de 2,40% em relação a receita de US$ 162.53 bilhões dos doze meses imediatamente anteriores. Com esse valor, a participação dos produtos do agronegócio no total exportado pelo Brasil no período foi de 48,50%.
As importações, por sua vez, totalizaram US$ 17.49 bilhões, cifra 1,30% inferior à registrada nos doze meses anteriores (US$ 17.72 bilhões), e representaram 7,20% do total adquirido pelo Brasil no período.