O deputado federal Luciano Zucco (Republicanos-RS) está se preparando para o lançamento da Frente Parlamentar da Invasão Zero. O objetivo do colegiado continuará sendo, após a CPI do MST, a defesa e garantia do direito à propriedade privada. 201 parlamentares, entre eles o deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), já aderiram à iniciativa. Zucco deverá ser o presidente e Ricardo Salles (PL-SP), que foi relator da CPI, o 1º vice-presidente.
“Na próxima semana lançaremos a Frente Parlamentar Invasão Zero, que vai reunir deputados e senadores comprometidos com a defesa do agronegócio e da propriedade privada. Um fórum de debates e pressão contra o avanço do terror no campo e na cidade”, afirma o deputado em uma nota reportada nesta quinta-feira (19) depois dos atos cometidos por representantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) no Paraná.
Além da interdição de um trecho da PR-170, em Guarapuava, no estado paranaense por três horas, intregrantes do movimento ainda agrediram policiais do 16º Batalhão da Polícia Militar do Estado. O movimento justificou a ação como forma de reivindicar a regularização fundiária de 14 comunidades camponesas Sem Terra e de Posseiros, nos municípios de Inácio Martins, Pinhão e Guarapuava e Reserva do Iguaçu, todos pertencentes ao Paraná, como explica uma nota da FPA.
“Eu avisei que o MST iria voltar com força após o fim da CPI. Mas o que aconteceu no Paraná é muito sério. Os terroristas do MST sequestraram dois policiais rodoviários. Um crime da mais alta gravidade e que exige uma resposta enérgica das forças de segurança. As imagens são chocantes. Não podemos normalizar esse tipo de atuação”, afirmou ainda o deputado Zucco em sua nota.
Nota do MST no PR sobre falsa notícia de policiais reféns em Guarapuava (PR)
Da Página do MST
É falsa a informação que circula em redes sociais de que o MST teria feito policiais reféns na manhã desta quinta-feira (19), em Guarapuava (PR).
Cerca de 300 camponesas e camponeses Sem Terra bloqueavam parcialmente a PR 170, em Guarapuava, para cobrar uma resposta do INCRA-PR sobre a regularização fundiária de 14 comunidades da Reforma Agrária e de posseiros da região.
As comunidades estão localizadas nos municípios de Inácio Martins, Pinhão, Reserva do Iguaçu e Guarapuava, em 75 mil hectares de terras griladas por grandes proprietários. Cerca de 2 mil famílias camponesas vivem nas comunidades, algumas há mais de 30 anos, à espera da formalização dos assentamentos.
Os trancamentos começaram a ocorrer na tarde desta quarta-feira (18), com liberação do tráfego a cada 30 minutos e abertura imediata para ambulâncias e serviços de saúde em geral. Por volta das 10h30 da manhã desta quinta-feira, após diálogo com o Incra e a Polícia Rodoviária Estadual, a via foi totalmente liberada.
Uma reunião foi marcada para a tarde desta sexta-feira (20), em Guarapuava, com representantes da Ouvidoria Agrária Nacional, da Ouvidoria Agrária estadual e do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos (Cejusc) do Tribunal de Justiça do Paraná.
19 de outubro de 2023
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Paraná – MST no PR