A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou, na última quarta-feira (27), a pesquisa Indicadores Conjunturais do mês de agosto. Os dados apontam que houve queda de 21,5% foi na venda de máquinas agrícolas no mercado doméstico. Em agosto, a receita foi de R$6,47 bilhões contra R$ 8,04 bi, no mesmo período do ano passado. No ano, a receita líquida acumulou R$ 44,32 bilhões.
Fatores negativos
A diretora-executiva de economia da Abimaq, Cristina Zanella, afirmou que desde o primeiro trimestre o País passa por algumas questões negativas como a baixa nos preços de commodities, uma relativa valorização do real e também taxas de juros ainda elevadas. “Estes fatores tendem a inviabilizar investimentos no campo, apesar de termos algumas áreas com uma performance melhor”.
Disponibilidade de recursos x demanda
“A gente vê, de fato, uma disponibilidade muito menor de recurso do que a demanda. Então, o dinheiro acaba muito rápido. O governo mudou a dinâmica de liberação de financiamento, que passou a acontecer a cada trimestre. Ele libera parte desse financiamento para que ele dure o ano todo, porque nos últimos anos o recurso durava até 45 ou até 60 dias, mas isso muda completamente a dinâmica do mercado e tem-se cada vez menos dinheiro por menos tempo. Então com certeza isso vai impactar o crescimento aí mesmo”, explicou Eduardo Navarro, pres. da Câmara Setorial dos Equipamentos de Irrigação da Abimaq.
Receita líquida de vendas de Máquinas e Equipamentos
Em 2023, até o mês de agosto, a queda acumulada no mercado doméstico foi de 13,0%, em razão não apenas do forte encolhimento dos investimentos na agricultura, mas também na infraestrutura e indústria de transformação.
Nas exportações, considerando o mesmo período de 2022, houve crescimento de 18,1% em Dólares ou 9,3% em Reais, que passaram a representar 24,2% da receita total do setor.
Em média, de janeiro a agosto de 2022, as exportações representavam 20,2% da receita líquida total de máquinas e equipamentos.