O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), ficou estável em julho em relação ao mesmo mês do ano passado. O aumento de 3,40% no segmento de alimentos e bebidas compensou a queda de 3,60% nos produtos não alimentícios.
Segundo os pesquisadores, o arrefecimento da inflação no País, possível graças à supersafra brasileira, e a melhora do mercado de trabalho favoreceram o segmento de alimentos e bebidas.
Enquanto isso, os produtos não alimentícios sofreram com fatores estruturais, notadamente a concorrência chinesa no setor têxtil, os altos estoques de insumos e a queda das exportações do setor florestal.
A produção agroindustrial registrou queda de 0,90%, quando comparados os sete primeiros meses de cada ano. Com melhorias contínuas desde abril, a contração do segmento é a menor em seis meses.
“Vale ressaltar que essa queda está ocorrendo, exclusivamente, por conta do segmento de produtos não alimentícios, que acumula uma contração de 5,10%”, indicaram os pesquisadores, em nota. Alimentos e bebidas registram alta de 2,40% no ano.
Os pesquisadores destacaram que o desempenho está melhor que o da indústria de transformação, que caiu 1,50% até julho.
A Fundação informou que é preciso acompanhar os próximos meses para saber se a agroindústria manterá a trajetória de melhoria em meio à desaceleração da economia ao longo deste semestre.