Mato Grosso abate recorde de 581.500 bovinos em agosto

Imagem de mdjaff no Freepik

O Estado de Mato Grosso abateu, em agosto 581.510 bovinos, informou em boletim o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), acrescentando que se trata no maior volume da série histórica. Em relação a julho, quanto do Estado abateu 526.590 bovinos, o total de abates de agosto representa um aumento de 10,43%, informou o IMEA com base em dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA-MT).

O IMEA destaca o aumento de 21,76% no total de machos abatidos no mês passado para 342.070 em relação a julho, com 280.940. Já o número de fêmeas abatidas começa finalmente a diminuir, indicou o IMEA, após forte aumento ao longo do ano. Em agosto, foram abatidas 239.440 vacas, contra 245.640 em julho, queda de 2,53%.

O aumento dos abates de machos ocorreu com o processamento de bovinos mais jovens, entre 13 e 24 meses, que totalizaram 129.890 cabeças, ou 70,21% mais em relação a agosto de 2022. “Cabe destacar que esse foi o maior volume mensal de bovinos machos abatidos nessa faixa etária, o que reforça os resultados da maior eficiência produtiva em MT”, destaca o IMEA.

No mesmo boletim, o instituto informou que a queda dos preços da arroba bovina em Mato Grosso permitiu que os frigoríficos aumentassem a sua “margem do equivalente físico” para 5,16% na primeira semana de setembro. Esta margem representa uma receita gerada pela indústria com a venda da carne com osso no atacado. Este percentual, segundo o IMEA, é o maior desde novembro de 2019. “O cenário foi ocasionado pela maior queda da cotação da matéria-prima (boi gordo) ante o atacado”, informou o instituto no boletim, acrescentando que a arroba do boi gordo acumula uma queda de 29,93% no Estado desde janeiro até a primeira semana de setembro.

Já a desvalorização do equivalente físico foi de 19,30% no mesmo período. “A recuperação da margem do equivalente físico proporciona folga na margem das indústrias, que passaram por um período pressionado durante a fase de alta nas cotações”, informou o IMEA. “Para se ter ideia, em 2021 a margem média foi de -12,13% e se manteve negativa até o 1º semestre de 2023, uma vez que a indústria não conseguiu repassar a alta do boi gordo para o atacado.”

Fonte: Broadcast Agro
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