Exportações do agronegócio batem recorde no 1º semestre com aumento de 4,50%

Exportação

No 1º semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio registraram um valor recorde de US$ 82.80 bilhões, aumento de 4,50% na comparação com o 1º semestre de 2022 (US$ 79.24 bilhões). O aumento no índice de quantum (+ 8%) foi responsável pelo maior valor da série histórica, uma vez que o índice de preços caiu 3,20% no período.

As exportações do agronegócio totalizaram US$ 15.54 bilhões em junho deste ano, queda de 0,60% em relação ao mesmo mês do ano anterior (US$ 15.62 bilhões), apesar de diversos recordes registrados pela soja em grão (receita e volume), açúcar de cana em bruto (receita), carnes bovina e de frango in natura (recordes em volume) e celulose (recorde em volume).

Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/MAPA), este cenário é explicado pela forte queda do índice de preços das nossas exportações no mês (- 12,90%), que reduziu levemente receita mensal relativa a junho de 2022, mesmo com alta expressiva do índice de quantum (+14,20%).

A participação das exportações do agronegócio no total da Balança Comercial de junho foi de quase 52%, já que a redução das exportações dos demais produtos foi superior (- 15,70%).

Soja em Grão

O volume exportado foi recorde para o mês com 13.77 milhões de toneladas (+ 37,90% em relação a junho de 2022). A receita das exportações de soja em grãos totalizou US$ 6.89 milhões (+ 9,30%), também recorde para os meses de junho. Esse montante não foi mais expressivo devido à queda do preço médio de exportação (- 20,70%), que refletiu as condições de produção global da oleaginosa, com safra recorde no Brasil e boa produção nos Estados Unidos.

Açúcar

As exportações de açúcar em junho foram recordes em receita, US$ 1.40 bilhão (+ 51,30%), com aumento de 23,10% no volume e 22,90% dos preços médios de exportação. Os preços internacionais do açúcar, influenciados por uma disponibilidade mais apertada no mundo, aumentam desde novembro de 2022 e, em maio de 2023, registraram o nível mais alto desde outubro de 2011, segundo o índice de preços da FAO.

Carne Bovina

A principal carne exportada em junho foi a bovina in natura: U$$ 974.13 milhões (- 6,40%), aumento de 26,40% nos volumes exportados e queda de 26% nos preços médios. A China foi o principal destino, responsável por 70,20% das exportações: US$ 698.52 milhões (- 7,10%), e 135.370 toneladas (+ 32%).

Carne de Frango

As exportações de carne de frango in natura totalizaram US$ 835.88 milhões (- 6,20%), aumento de 4% em volume e queda de 9,80% nos preços médios, nesse mês. Os principais destinos foram: China (US$ 155.88 milhões; + 28,70%; 14,90% de participação; aumento de 35,40% no volume exportado) e Japão (US$ 97.67 milhões; + 9,70%; 9,60% do total; + 11,80% em volume).

Celulose

As exportações de celulose foram recordes em volume: 1.55 milhão de toneladas (+ 6,30%), resultando uma receita de US$ 652.31 milhões (+ 2,40%). Tradicionalmente, China, Estados Unidos e União Europeia concentram as exportações do produto (78,40% de participação em volume nesse junho de 2023).

Recorde no acumulado do ano (janeiro a junho)

Segundo os analistas da SCRI, o aumento das exportações de soja em grão foi o que mais contribuiu para a expansão das vendas do agro de janeiro a junho de 2023, com US$ 2.88 bilhões acima do que foi registrado no ano anterior.
Outros dois produtos cujas vendas aumentaram mais de US$ 1 bilhão foram milho (+ US$ 1.58 bilhão) e açúcar de cana em bruto (+ US$ 1.20 bilhão). Por outro lado, cabe ressaltar a queda nas exportações de carne bovina in natura (- US$ 1.26 bilhão) e café verde (- US$ 1.04 bilhão).

Apesar da China ter se mantido como principal destino da carne bovina in natura (59,80% de participação em receita), a queda expressiva ainda reflete a suspensão ocorrida no início de 2023, além da queda nos preços médios de vendas (- 25,30%).

Já o volume menor embarcado de café está relacionado à baixa disponibilidade interna em função da colheita ainda se encontrar em fase inicial.

Fonte: MAPA
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