Trigo
Os preços do trigo caíram no mercado de lotes no início de julho. Segundo pesquisadores do CEPEA, as negociações ocorrem de forma lenta, apenas segundo a necessidade dos moinhos. No campo, o plantio caminha para o final no Brasil, sobretudo no Sul, onde estão os maiores produtores do cereal. Produtores da Argentina também estão avançando com o plantio. Enquanto isso, no Hemisfério Norte, a colheita de trigo de inverno nos Estados Unidos ainda segue em ritmo abaixo do registrado em anos anteriores.
Açúcar
Em meio à boa evolução da colheita e do processamento da cana, os preços médios do açúcar cristal branco oscilaram no mercado spot do Estado de São Paulo na primeira semana de julho. Segundo pesquisadores do CEPEA, nos momentos de quedas, os preços foram influenciados pela postura mais flexível das usinas ativas no mercado e pela demanda enfraquecida, ao passo que as altas nas cotações estiveram atreladas a valorizações pontuais observadas nos contratos futuros do demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures). No geral, a liquidez na primeira semana deste mês foi menor em relação à do final de junho.
Etanol
A primeira semana de julho foi marcada por uma forte queda no Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado, que voltou ao patamar nominal do início de setembro de 2022. Entre 3 e 7 de julho, o Indicador do hidratado fechou a R$ 2,2398/litro (líquido de ICMS e PIS/COFINS), expressiva queda de 11,65% em relação ao da semana anterior. Segundo pesquisadores do CEPEA, o movimento de queda do hidratado foi resultado da demanda bastante desaquecida, mesmo com a relação de preços mostrando vantagem para o biocombustível nas bombas. Além disso, ainda existem volumes de compras feitas anteriormente a serem retirados. Do lado vendedor, alguns agentes de usinas cederam no preço de venda, na tentativa de atrair compradores, mas com pouco sucesso.